Natal, justiça e humanidade
Por esta altura do ano, regressam os rituais que todos conhecemos: as luzes nas ruas, as mesas fartas, os encontros familiares, os apelos solidários. É uma época em que, coletivamente, parecemos mais disponíveis para olhar para o outro. Mas é também um tempo que me leva a recordar uma experiência que vivi há alguns anos, fora da sala de audiências, longe dos códigos e dos processos, mas profundamente ligada à ideia de justiça.
Em 2019, juntamente com outros colegas que exerciam funções na Associação Sindical dos Juízes Portugueses, integrei uma iniciativa de voluntariado que consistia em servir refeições a pessoas em situação de sem-abrigo. Não se tratou de uma participação enquanto juízes, mas enquanto cidadãos. Ainda assim, o peso simbólico desse papel não deixou de se fazer sentir. Normalmente, e por definição, o contexto de atuação judicial é um contexto formal, em que ao sistema de justiça se apresentam as pessoas tendo em vista a resolução dos seus litígios, muitas vezes em momentos decisivos para as suas vidas. Naquele caso, porém, as pessoas que estavam sentadas do outro lado da mesa apresentavam-se numa outra condição. Aguardavam uma refeição quente, num espaço resguardado e com condições para as receber.
Achava que sabia........





















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