Após usar a vestimenta de democrática contra a pretensa Ditadura de Jair Bolsonaro (PL), desmontada pelo governo Lula a partir de 8 de janeiro, o Partido da Imprensa Golpista - o PIG - começa a rasgar a fantasia.

A biruta da mídia liberal, que apostou as fichas na frente ampla mais do que em Lula, começou a virar no início do mês, em defesa do mandato e da manutenção dos direitos políticos de Sergio Moro (União-PR).

Depois de abandonar o governo Jair Bolsonaro (PL), Moro foi por um tempo a aposta do conluio mídia liberal e sistema financeiro para retomar o poder em meio à frustração com Paulo Guedes. Moro teria a maquiagem neoliberal perfeita para se levar adiante o projeto privatista travestido de progresso. Prevendo a derrota, o ex-juiz abandonou a disputa por um certo mandato ao Senado pelo Paraná. Assim, a Frente Ampla foi o que restou diante da sanha autoritária de Bolsonaro.

Antes disso, as famílias midiáticas já mostravam as garras ao presidente que expões, com todas as letras, o genocídio palestina desencadeado por pelo governo sionista de Israel em Faza.

No último final de semana, Folha e Estadão ecoaram em seus editais as denúncias vazias propagadas por Elon Musk, sob articulação do clã Bolsonaro, dos chamados "Twitter Files Brazil", para atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes.

As críticas ao judiciário sempre estiveram na pauta do campo progressista. Essencialmente porque a estrutura da "Justiça" foi estratégia histórica da burguesia para se livrar das condenações - e encarcerar os pobres que se colocassem como obstáculo para sua sanha financeira.

Com o recrudescimento do fascismo, a pauta foi sequestrada pela ultradireita e é usada pelo bolsonarismo para arquitetar uma retomada ao poder - levando a reboque a pauta neoliberal, a mesma defendida pelos jornalões e por Musk.

No texto divulgado neste domingo (14), a Folha, da família Frias, repetiu Musk, que classificou Moraes como "Ditador brutal", ao dizer que o ministro é o "Grande Censor" - assim mesmo, com caixa alta - ao dizer que não se sabe (!!!) quais foram os motivos das derrubadas de perfis nas redes sociais.

"O secretismo dessas decisões impede a sociedade de escrutinar a leitura muito particular do texto constitucional que as embasa. Nem sequer aos advogados dos banidos é facultado acesso aos éditos do Grande Censor", escreve o jornal, que apoiou a "Ditabranda", no editorial "Censura promovida por Moraes tem de acabar".

A Folha declara ainda que "é um direito inalienável dos imbecis do bolsonarismo propagar as suas asneiras", afirmam que "expostas à luz do sol, elas tendem a desidratar-se".

O jornal da Família Frias, no entanto, se esquece de dizer que são essas "asneiras" que levaram milhares de brasileiros às frentes dos quartéis e que, por muito pouco, não resultaram em um golpe de Estado no Brasil.

No mesmo tom, o Estadão, dirigido pela família Mesquita e representante da oligarquia paulista desde os tempos da Escravidão, defende o que classifica como "a legítima crítica ao Supremo".

"No seu transe salvacionista, o STF vê extremistas por toda parte, mas nem sempre a crítica é golpismo; ao contrário, há razões genuinamente democráticas para questionar o Supremo", diz.

No seu transe, o Estadão ressalta que "o Brasil testemunhou um surto de golpismo no 8 de Janeiro, mas hoje as instituições estão, como se diz, funcionando", escondendo, no entanto, a articulação em curso de Eduardo Bolsonaro com a internacional fascista - que inclui Elon Musk - em cima das .

Detrator contumaz de Lula, Demétrio Magnoli colocou O Globo na trinca dos ataques dos jornalões a Moraes afirmando em artigo que "a regulação democrática das redes precisa se concentrar no crime, não na mentira".

Serviçal da família Marinho, Magnoli diz que "ob o amparo de um STF sem rumo, Alexandre de Moraes ilustrou sua versão da regulação das redes sociais ao determinar o bloqueio de contas de pistoleiros bolsonaristas".

"Na prática, reinstalou a censura prévia", emenda.

Em seguida, defende que "a regulação democrática das redes precisa se concentrar no crime, não na mentira".

Magnoli ignora que foi justamente por meio da mentira - as chamadas fake news - que o fascismo bolsonarista se apoderou do poder.

E o sociólogo sabe - ou ao menos deveria saber - que muitas dessas mentiras criadas pelo fascismo têm por base as informações distorcidas e criminosas propagadas há décadas pela mídia liberal, capitaneada pela Globo no Brasil, como o "fantasma do comunismo" e as falácias sobre os mentirosos benefícios sociais do neoliberalismo.

Ao fazer eco às denúncias vazias do bilionário Musk para atacar a democracia brasileira, a mídia liberal rasga a fantaisa e se coloca ao lado de quem sempre esteve: seja em regimes democráticos ou verdadeiras ditaduras, como a que foi instalada há 60 anos pelo mesmo grupo que quer retomar o poder.

QOSHE - Após Musk, Folha, Estadão e Magnoli, d'O Globo, atacam Moraes: o que quer o PIG? - Plinio Teodoro
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Após Musk, Folha, Estadão e Magnoli, d'O Globo, atacam Moraes: o que quer o PIG?

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15.04.2024

Após usar a vestimenta de democrática contra a pretensa Ditadura de Jair Bolsonaro (PL), desmontada pelo governo Lula a partir de 8 de janeiro, o Partido da Imprensa Golpista - o PIG - começa a rasgar a fantasia.

A biruta da mídia liberal, que apostou as fichas na frente ampla mais do que em Lula, começou a virar no início do mês, em defesa do mandato e da manutenção dos direitos políticos de Sergio Moro (União-PR).

Depois de abandonar o governo Jair Bolsonaro (PL), Moro foi por um tempo a aposta do conluio mídia liberal e sistema financeiro para retomar o poder em meio à frustração com Paulo Guedes. Moro teria a maquiagem neoliberal perfeita para se levar adiante o projeto privatista travestido de progresso. Prevendo a derrota, o ex-juiz abandonou a disputa por um certo mandato ao Senado pelo Paraná. Assim, a Frente Ampla foi o que restou diante da sanha autoritária de Bolsonaro.

Antes disso, as famílias midiáticas já mostravam as garras ao presidente que expões, com todas as letras, o genocídio palestina desencadeado por pelo governo sionista de Israel em Faza.

No último final de semana, Folha e Estadão ecoaram em seus editais as denúncias vazias propagadas por Elon Musk, sob articulação do........

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