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Requiem ao Sistema Político?

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11.10.2025

Nas eleições legislativas de 4 de outubro de 2015, há já dez anos, tivemos o PAN a eleger um Deputado à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Lisboa, com 1,39% dos votos; umas eleições onde a coligação PSD/CDS-PP obteve 36,86% dos votos e não governou, o PS 32,31%, o BE 10,19%, e a coligação PCP/PEV 8,25%, os partidos políticos do sistema.

E do sistema, porquê? Quatro já tinham elegido Deputados para a Assembleia Constituinte em 1975, 40 anos atrás, nomeadamente o PS, PPD/PSD, PCP e CDS-PP; a CDU (PCP/PEV) elegera Deputados enquanto tal em 1987, e o BE em 1999, respetivamente há 28 e 16 anos.

Em 2019, conquistaram lugar na Assembleia da República a IL (1,29%), o Chega (1,29%) e o Livre (1,09%), também pelo círculo eleitoral de Lisboa, tal qual o fizera o PAN em 2015; quatro novos partidos políticos que integrando o sistema parlamentar, devem parte do seu sucesso à contraposição ao Ancien Régime, pré-anunciando uma vontade de mudança.

Mas mudança, porquê? Ora, se bem servidos com o antigo sistema, não creio que tantos eleitores tivessem dado origem a quatro novos partidos com assento parlamentar. Sim, parece-me inegável a vontade de mudança, mesmo que o novo possa não ser tão novo e ela própria plural.

A IL, veio colmatar um espaço liberal à direita, até aí representado em parte pelo PSD e o CDS-PP; já o Livre, à esquerda, apresenta-se como mais liberal, europeísta, progressista e ecologista que o PCP/PEV, o BE e PS, como a priori mais distante do sistema que todos.

Por outro lado, entendemos que o PAN e o Chega são partidos sui........

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