O mundo na encruzilhada
A economia global entrou numa espécie de nevoeiro moral. Os números continuam a chegar — PIBs, índices, previsões —, mas já não iluminam o caminho. A América hesita, a Europa divide-se, a China desacelera. O Financial Times chama-lhe “a economia de Schrödinger”: simultaneamente viva e morta, próspera e frágil. A confusão deixou de ser um defeito de análise — é a estrutura do tempo.
Essa desorientação tem várias causas: a erosão dos dados fiáveis, a incerteza política, o impacto difuso da inteligência artificial, a oscilação entre risco e protecionismo. Mas há uma causa mais funda, raramente dita: perdemos o fio que ligava a economia à ideia de destino comum. O mundo vive em modo tático — reagindo — sem uma estratégia de sentido. E é precisamente aqui que a voz inesperada do Papa Leão XIV entra no debate público com um tipo de clareza que não é económica, mas civilizacional.
Nos últimos dias, o pontífice apresentou três intervenções de rara densidade........





















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