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IA, ou a Idade Aumentada da reforma  

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30.10.2025

Vivemos um tempo em que o crescimento do conhecimento e da informação atinge uma velocidade sem precedentes. O que antes se acumulava em séculos agora transforma-se em meses; o que exigia estudo e transmissão inter-geracional cabe num ecrã e renova-se diariamente. Apenas através da Inteligência Artificial é possível acompanhar, em tempo real, as ideias, os dados e as descobertas que emergem a cada instante. A pesquisa passiva, tal como a conhecíamos, a pergunta seguida da resposta, a busca seguida do resultado, tornou-se obsoleta. O Google envelheceu como envelheceu a enciclopédia: ambos substituídos por um novo tipo de relação com o saber: interactivo, dialógico, dinâmico.

A Inteligência Artificial aumenta, neste sentido, a idade da reforma. Não a reforma administrativa, mas a reforma cognitiva. Quem não entrar no trilho da IA, quem não a utilizar como ferramenta de estudo, pesquisa e desenvolvimento, ficará inevitavelmente para trás. Se o problema do século XX foi o do info-excluído (aquele que não possuía literacia digital), o desafio do século XXI é o do excluído cognitivo: aquele que abdica da possibilidade de aceder ao conhecimento dinâmico e em permanente mutação. O saber já não se acumula: flui. E quem não aprender a fluir com ele deixará de pensar em........

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