Portugal vai a votos no próximo dia 10 de março para eleger uma nova composição da Assembleia da República, num quadro político muito incerto e, acima de tudo, estranho, após 8 anos de “reinado” de António Costa.

E se este retrato é factual para a generalidade das faixas etárias que compõe o nosso eleitorado, a nossa faixa etária – a dos jovens – vê o cenário atual como sendo ainda mais dantesco e difícil. Todos os dias nos chegam notícias difíceis de digerir, seja por via dos media, onde é noticiado que 1 em cada 3 jovens já emigraram, e desses metade têm qualificações superiores; seja por contacto direto com a realidade: olhamos à volta e todos temos um amigo ou um colega de curso que já emigrou ou está em vias de emigrar.

Trata-se, portanto, de um cenário triste e do qual muitos têm receio. Mas é nosso dever transformar esse receio em força de vontade para, através da nossa participação cívica, nos manifestarmos pela mudança e por aquilo que pretendemos: um país que cresça e onde possamos ter oportunidades condizentes com o investimento que fizemos na nossa formação. Não podemos deixar que decidam o futuro de Portugal por nós se queremos prosperar e, de facto, trabalhar para este “cantinho à beira-mar plantado” que nos viu nascer e crescer.

Mas, mais importante do que simplesmente participar através do voto, é necessário aferir qual é a solução que nos trará o que a nossa geração pretende.

Terá de ser uma solução política que nos garanta um crescimento económico que permita auferirmos salários dignos em linha com as nossas expectativas.

Uma alternativa que promova medidas para que deixe de ser uma obrigação termos que nos manter até aos 30 em casa dos pais, através de uma real política de habitação, onde seja prevista mais construção, menos barreiras burocráticas e uma taxação digna de bem essencial e não de bem de luxo, ao contrário do que atualmente sucede, e, com isto, ajudar a que exista maior disponibilidade de camas para estudantes do ensino superior a preços dignos, eliminando, assim, a principal barreira que muitos enfrentam na hora de poderem ou não seguir os seus estudos.

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Uma opção que ofereça medidas reais de melhoria em termos de mobilidade, para que não tenha de ser uma fatalidade o recurso ao uso do carro como meio de transporte, por não existirem ligações e frequências de quantidade e qualidade entre os diversos pontos do país.

Uma proposta que garanta que não é por um jovem ter nascido no interior do país que o seu voto, entre centenas de milhares, não conta para qualquer tipo de representação na Casa da Democracia, através de uma reforma do atual sistema eleitoral.

E, por fim, uma visão que promova soluções para a saúde, através de uma reforma profunda do SNS, garantindo um real acesso à saúde e não um acesso a listas de espera.

O problema é que, quando olhamos para as intervenções dos diversos líderes políticos, da esquerda à direita, parece que a nossa geração é esquecida. Apenas ouvimos falar de promessas populistas – e inviáveis – ao nível do aumento das pensões, e, quanto a salários, ficamos resignados a ouvir que o único aumento será o do salário mínimo, sem qualquer tipo de preocupação em promover o aumento generalizado de todos os salários.

Este tempo não é tempo para optar por caminhos obscuros, é tempo de ter ambição, de querer mais, de mudar o país para não ter de mudar de país.

Por tudo isto, é tempo de votar e dar força à Iniciativa Liberal.

Conto convosco no dia 10 de março!

Um abraço deste vosso companheiro de geração.

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Uma carta aos jovens do meu país

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22.02.2024

Portugal vai a votos no próximo dia 10 de março para eleger uma nova composição da Assembleia da República, num quadro político muito incerto e, acima de tudo, estranho, após 8 anos de “reinado” de António Costa.

E se este retrato é factual para a generalidade das faixas etárias que compõe o nosso eleitorado, a nossa faixa etária – a dos jovens – vê o cenário atual como sendo ainda mais dantesco e difícil. Todos os dias nos chegam notícias difíceis de digerir, seja por via dos media, onde é noticiado que 1 em cada 3 jovens já emigraram, e desses metade têm qualificações superiores; seja por contacto direto com a realidade: olhamos à volta e todos temos um amigo ou um colega de curso que já emigrou ou está em vias de emigrar.

Trata-se, portanto, de um cenário triste e do qual muitos têm receio. Mas é nosso dever transformar esse receio em força de vontade para, através da nossa participação........

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