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A hierarquia das vidas e o colapso da razão Ocidental

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18.09.2025

Nos últimos dias, fomos confrontados com três casos paradigmáticos da hipocrisia que invadiu o Oriente. Os três casos – Charlie Kirk, Iryna Zarutska e George Floyd – revelam a face mais sombria dessa hipocrisia contemporânea que aniquila o Ocidente.

A forma como estes casos nos são “apresentados”, não se trata apenas de inconsistência política ou de viés mediático. Estamos perante a construção deliberada de uma hierarquia das vidas humanas. Nessa construção, o valor de cada existência é determinado não pela sua humanidade intrínseca, mas pela sua utilidade para uma narrativa ideológica totalitária. Este é o mais grave problema do Ocidente.

George Floyd tornou-se um ícone global. A sua morte, que foi inegavelmente trágica e injustificável, desencadeou protestos em todo o mundo e gerou milhões de dólares em donativos. Além disso, inspirou murais por todo o mundo e forçou uma revisão profunda das estruturas sociais americanas. Floyd, um criminoso, foi elevado a mártir de uma causa que transcendeu a sua própria biografia. Porquê, ninguém se pergunta?

O drama de Floyd contrasta agora com o de Iryna Zarutska. Uma refugiada ucraniana de 23 anos que fugiu da guerra foi encontrar a morte nas mãos de um esquizofrénico com 14 detenções anteriores, mas que devido à sua cor de pele estava em liberdade. O seu assassinato brutal num comboio lotado, filmado por câmaras de segurança, foi silenciado pela comunicação social. Ninguém se pergunta porquê? Foi ignorado pelas autoridades locais durante semanas. Ninguém se pergunta porquê? Quando finalmente emergiu, através das redes sociais, foi, rapidamente, catalogado, pela autarca local, como “mania da supremacia branca”. Uma distorção grotesca da realidade que revela como a verdade é sacrificada no altar da narrativa. Se a autarca condenasse o assassinato, o que lhe teria acontecido?

No caso de Charlie Kirk, morto, a sangue frio, por expressar ideias em debates universitários civilizados e pela sua defesa da liberdade de expressão, o que aconteceu? Como era conservador e de direita a sua morte foi celebrada nas redes sociais por aqueles, geralmente de esquerda, que se autoproclamam defensores da tolerância e da diversidade. “Bem-feito”, dizem; morreu porque defendia o livre uso........

© Observador