Nesta jornada tudo o que poderia ter corrido mal, correu ainda pior. Primeiro foram os torniquetes que falharam, atrasando a entrada de muitos adeptos no estádio. Depois foram os jogadores que falharam, comprometendo a vitória no jogo e a posição no campeonato. Depois foi a nova equipa técnica que falhou, mostrando-se incapaz de dar a volta às dificuldades. Tudo se conjugou para que uma semana marcada pela saída conturbada de Artur Jorge terminasse da pior forma.
Olhando para o jogo, pode dizer-se que os problemas da equipa que Artur Jorge montou não desapareceram com a sua saída. O Braga perdeu o jogo no meio- campo, expondo a maior fragilidade da equipa - o processo defensivo. Matheus esteve muito abaixo da sua forma. O ataque apresentou-se pior do que nunca.
É inequívoco que o Braga está muito abaixo da sua performance habitual e isso reflete-se no estado anímico da administração, da equipa e dos adeptos, ajudando a perpetuar uma temporada agónica. A distância de dois pontos para o terceiro lugar seria galvanizadora em qualquer outra circunstância mas, nesta época, não parece ser suficiente para tranquilizar os adeptos.
O calendário não joga a favor do Braga. Se, em condições normais, todos estaríamos com a cabeça no terceiro lugar, a verdade é que numa época marcada por tanta intranquilidade, todos os receios repousam no quinto.
Mas o futebol é mágico e pode mudar de um dia para o outro. Pode ser que o Estoril volte a ser talismã para o Braga, ajudando a recuperar o entusiasmo perdido. É tempo de voltarmos a ser guerreiros e nos fazermos ao terceiro. Sem dramas. Sem medos.
*Adepto do Braga