“Qualquer coisa que possa correr mal, correrá mal, no pior momento possível”. Nunca é bom falhar um golo ou um penálti. Mas quando isso acontece no momento em que a equipa vive um dos períodos mais difíceis da época tem um efeito destrutivo no ânimo dos adeptos e dos jogadores. Ao intervalo, a Lei de Murphy parecia assentar como uma luva ao Braga.

Os bons momentos de construção ofensiva que surgiram a espaços na primeira parte do jogo foram anulados pela intranquilidade na transição defensiva, pelo clima generalizadamente pessimista e impaciente (quando não contestatário) nas bancadas e pelas mãos de Ricardo Velho, o guarda-redes que o Braga formou e que manteve a baliza do Farense inviolada enquanto pode.

Na segunda parte, o Braga contrariou Murphy, quebrou o enguiço, inaugurou o marcador, recuperou a alegria dos golos de Banza, rasgou sorrisos nos rostos dos adeptos e… voltou a mergulhar na escuridão. Em vantagem no marcador, a equipa foi arrefecendo até o golo do Farense ter congelado a Pedreira. O pessimismo e a impaciência voltaram às bancadas, agora sem a sensação da injustiça de Murphy. Era justo, mesmo.

O Braga demorou a encontrar-se, mas voltou a um momento em que o desperdício parecia enguiço. Cher Ndour disparou para o golo da vitória, muito celebrada, mas insuficiente para apagar a chama do negativismo e da intranquilidade que se abateu sobre a equipa. Do jogo ficam os três pontos e um ligeiro pontapé numa crise prolongada que os ares do Azerbaijão podem afastar definitivamente. Ou não. Acreditemos que sim.

*Adepto do Braga

QOSHE - A Lei de Murphy - Pedro Morgado
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A Lei de Murphy

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21.02.2024

“Qualquer coisa que possa correr mal, correrá mal, no pior momento possível”. Nunca é bom falhar um golo ou um penálti. Mas quando isso acontece no momento em que a equipa vive um dos períodos mais difíceis da época tem um efeito destrutivo no ânimo dos adeptos e dos jogadores. Ao intervalo, a Lei de Murphy parecia assentar como uma luva ao Braga.

Os bons momentos de construção........

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