Há uns tempos, Miguel Sousa Tavares defendeu que houvesse diferenças no final do 12. ano para permitir que os rapazes entrassem nos cursos universitários mais concorridos com notas mais baixas. Isto porque, disse, o país corria o risco de ter uma maioria feminina licenciada, dado que os rapazes não são tão aplicados nos estudos e as meninas têm notas melhores “devido à sua educação e condição física”. O comentador queria, assim, que se fizesse batota no Ensino, como forma de se encontrar a igualdade de oportunidades entre os sexos na entrada para a universidade. Nunca percebi que raio de igualdade existirá entre quem é calaceiro e quem trabalha. Miguel Sousa Tavares voltou agora à televisão com o seu “mau feitio” e começou logo a ser polémico ao contestar que o concurso da Miss Portugal tenha sido ganho por uma mulher trans, Marina Machete. A justificação para esta posição é que “tem de haver regras para tudo” e que é “batota” aceitar que um transexual dispute tal concurso como é batota deixar que entre numa prova desportiva feminina. Quer dizer, batota e igualdade são boas quando dá jeito ao comentador. Alguém lhe diz que estamos no século XXI, por favor?

QOSHE - #batota - Margarida Fonseca
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#batota

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04.11.2023

Há uns tempos, Miguel Sousa Tavares defendeu que houvesse diferenças no final do 12. ano para permitir que os rapazes entrassem nos cursos universitários mais concorridos com notas mais baixas. Isto porque, disse, o país corria o risco de ter uma maioria feminina licenciada, dado que os rapazes não........

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