Foi prova disto a discussão do Orçamento do Estado, mesmo sabendo-se que o reforço no financiamento em I&D traz um aumento exponencial dos seus resultados.
Portugal continua a mostrar dificuldades em cumprir a meta de 3% do PIB em I&D, até 2030, que foi já definida por duas vezes, para 2000-2010 e 2010-2020.
Esta circunstância leva a que a agenda de preocupações do sistema científico nacional, que é legítima, condicione o longo prazo. A falta de investimento e estabilidade mata ideias brilhantes. Surge, assim, o argumento de que são parcos os recursos para financiar o sistema científico em Portugal. Mostra ser tão forte que arrasta consigo o questionamento das parcerias com universidades americanas. Não creio que seja justificado.
A OCDE já havia reforçado a necessidade de aprofundar a internacionalização das atividades de I&D. O investimento nestas parcerias tem permitido a cooperação em redes científicas emergentes, a formação de empreendedores, e a mobilidade de docentes e discentes, contrariando a endogamia académica.
Perante interesses egoístas e corporativos, recordo palavras de Mariano Gago que me parecem traduzir esta situação: “(...) uma mistura de derrotismo triste, aparente bom senso, ansiedade e medo do futuro que formam a nossa portuguesíssima teia da desgraça”.
Urge alicerçar o desenvolvimento económico do País na tripla hélice, envolvendo o poder público, o sistema científico e tecnológico e as empresas. Para quando um novo Manifesto para a Ciência, discutido com todos?
Ciência é evolução
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01.12.2023
Foi prova disto a discussão do Orçamento do Estado, mesmo sabendo-se que o reforço no financiamento em I&D traz um aumento exponencial dos seus resultados.
Portugal continua a mostrar dificuldades em cumprir a meta de 3% do PIB em I&D, até 2030, que foi já definida por duas vezes, para 2000-2010 e 2010-2020.
Esta circunstância leva a que a agenda de preocupações do........
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