2025: a retrospectiva de um ano em que a força voltou a decidir
Não faltou assunto em 2025 para aqueles que, como eu, se dedicam aos estudos estratégicos e geopolíticos. Nesta penúltima coluna do ano aqui na Gazeta do Povo, pareceu-me apropriado fazer uma retrospectiva do turbilhão de tensões interestatais, crises, conflitos e guerras que abalaram o mundo e que, neste momento, batem literalmente às nossas portas, com as graves tensões entre Venezuela e Estados Unidos. Na próxima semana, na última coluna do ano, tentaremos olhar para a frente e descortinar o que pode estar à nossa espera em 2026.
Ao pensarmos sobre o que aconteceu em 2025, lembramo-nos imediatamente dos dois principais conflitos, assim considerados pela enorme repercussão que exercem sobre as relações internacionais: a guerra na Ucrânia, que no próximo dia 24 de fevereiro entrará em seu quinto ano, e o conflito no Oriente Médio, envolvendo Israel, o Hamas e seus aliados, inclusive com o inédito ataque israelo-americano às instalações nucleares iranianas.
No entanto, muitos outros acontecimentos fizeram de 2025 um ano que será lembrado pela profunda instabilidade geopolítica. Mais do que uma coleção de crises, o ano que se encerra revelou um padrão: o retorno da política de poder, com a força — militar, econômica e tecnológica — voltando a definir limites, alianças e escolhas.
Foi nesse contexto de tensões crescentes que, na primeira coluna que escrevi neste espaço em 2025, tratei das ameaças feitas pelo então presidente eleito Donald Trump de retomar o controle do Canal do Panamá e de comprar a Groenlândia, apesar de a Dinamarca........





















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