A América Latina entre Trump-Monroe e o “futuro compartilhado” de Xi
Quando a nova Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos fala do “Corolário Trump à Doutrina Monroe”, não é apenas uma escolha extemporânea de um conceito. É uma confissão estratégica: Washington assume, por escrito, que deixou a América Latina escorregar para fora de sua órbita e agora precisa recuperar o terreno perdido. Depois de duas décadas gastas no Oriente Médio e na Eurásia, os EUA descobriram que o flanco vulnerável à sua segurança e estabilidade está bem na sua vizinhança.
O trecho da ESN sobre o hemisfério ocidental é cristalino: o objetivo é manter a região “estável o suficiente” para conter migrações em massa, cooperar contra cartéis e, sobretudo, impedir “incursão hostil estrangeira” ou “propriedade de ativos-chave” na América Latina.
Na prática, isso significa travar uma disputa direta com a China por portos, cabos submarinos, redes de telecomunicações, energia, mineração e infraestrutura logística. O documento assume que “competidores não hemisféricos” já “avançaram profundamente” na região e que isso foi “outro grande erro estratégico americano das últimas décadas”.
No plano econômico, o texto promete “diplomacia comercial”, com tarifas, acordos recíprocos e financiamento público para ajudar empresas americanas a disputar contratos de infraestrutura.
A nova estratégia diz, sem rodeios, que Washington deve expor os “custos ocultos” da ajuda estrangeira chinesa — que são espionagem, ciberameaças e “armadilhas da dívida” — e usar sua vantagem em........





















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