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A política como ela é

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19.12.2025

O acordão que reuniu as elites políticas e só deixou o povo de fora, selado no Senado, vinha sendo preparado a várias mãos faz algum tempo. Dizem que passou pelo olhar até de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Fato é que o projeto de lei da dosimetria é uma forma envergonhada de anistiar condenados na trama golpista. Pela veloz adesão dos deputados e senadores e a rapidez como foi aprovada em ambas as Casas, algo de errado há.

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Aparentemente, nossas autoridades trocaram os alicerces do Estado Democrático de Direito, e o que restou de nossa democracia, por acertos ainda mal explicados. Uma parte do acordo ficou visível. Apesar dos conflitos dos últimos dias entre Judiciário, Executivo e Legislativo, a dosimetria foi paga com a taxação das bets, fintechs e Juros de Capital Próprio (JCP), evitando cortes no Orçamento de 2026 e ressuscitando, em ano eleitoral, o pagamento de emendas parlamentares de 2023, que já estavam canceladas, num valor estimado de R$ 3 bilhões.

Sob a perspectiva do governo, o papel de vilão confesso já tem dono. O senador Jacques Wagner (PT-BA) assumiu a culpa por não ter empurrado a votação para fevereiro de 2026, como poderia e queriam alguns na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Como a tributação sobre as bets vai render R$ 20 bilhões aos cofres, é pouco provável que tenha manobrado sem aval do seu presidente e de seus ministros da área de finanças.

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