A escola da violência
No último fim de semana, circulou pelas redes sociais um vídeo em que alunos de uma escola estadual do Paraná marchavam em uma quadra de esportes entoando cantos do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, o BOPE. “Homem de preto, qual é sua missão? Entrar na favela e deixar corpo no chão”, gritavam, em coro, meninos e meninas de 15 e 16 anos de uma escola pública. Tudo dirigido por um policial militar que, do centro da quadra, coordenava a cena como se fosse um ensaio. Mas não era. Era a naturalização da morte apresentada como disciplina, como civismo, como “formação de caráter”.
O que está em jogo ali não é apenas um episódio isolado de mau gosto pedagógico. É o estímulo à violência e a difusão de uma cultura de ódio contra seus semelhantes. Muitos daqueles estudantes vivem justamente nas regiões que esses batalhões consideram “favelas onde se pode entrar e deixar corpos no chão”. É isso que os filhos de trabalhadores e trabalhadoras estão aprendendo dentro........





















Toi Staff
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