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Vitórias e desafios da presidência brasileira do BRICS e do BRICS Popular

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19.12.2025

Por José Reinaldo Carvalho - A presidência brasileira rotativa do BRICS em 2025 termina oficialmente em 31 de dezembro de 2025, quando se encerra o mandato anual do país no comando do bloco.

O Brasil assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro de 2025 com o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”.

Ao longo do ano, a gestão brasileira concentrou esforços em ampliar o papel do grupo como fórum de cooperação política e econômica entre países emergentes e em desenvolvimento — especialmente após a expansão do bloco, que passou a incluir novos membros além dos originais (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

A agenda do Brasil no BRICS contemplou diversas prioridades, como a promoção de mecanismos de cooperação econômica; o desenvolvimento de meios de pagamento que reduzam a dependência do dólar; a realização de debates sobre governança inclusiva da inteligência artificial; o financiamento climático e conexões com a agenda da COP30 e o fortalecimento institucional e integração dos novos países do grupo.

O ponto alto da agenda brasileira na área internacional foi a realização com êxito da 17ª Cúpula do BRICS, nos dias 6 e 7 de julho de 2025 no Rio de Janeiro.

A presidência brasileira do BRICS em 2025 teve méritos importantes, especialmente ao conduzir um bloco em expansão e ressaltar a importância do Sul Global em fóruns multilaterais. A tentativa de articular temas como governança global, cooperação climática e inovação tecnológica esteve alinhada aos interesses de países emergentes.

A maior debilidade da presidência brasileira foi a persistência em um erro diplomático, revelador de uma desorientação de política externa: a recusa a convidar a Venezuela à Cúpula. Queiram ou não o Itamaraty e o Palácio do Planalto, o país bolivariano é um dos mais relevantes das Américas e potencialmente um dos mais relevantes aliados do Brasil. Foi uma lamentável repetição do veto exercido pelo Brasil durante a Cúpula de Kazan, com o que se desperdiçou uma vez........

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