✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

O empresário Antônio Celso Garcia, o Tony, reagiu indignado ao julgamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que revogou a decisão do corregedor Luis Felipe Salomão de afastar os juízes Danilo Pereira Júnior e Gabriela Hardt.

“Tenho certeza de que os conselheiros que votaram a favor dos dois juízes não conhecem as denúncias contra ele, muito menos suas fundamentações”, disse Tony, que deu uma entrevista contundente à TV 247 (veja abaixo).

Tony também reúne novas provas contra Danilo Pereira Júnior, que, segundo ele, continua obstruindo a Justiça. O juiz, que assumiu a 13a. Vara Federal de Curitiba, não teria entregue aos delegados da Polícia Federal parte dos procedimentos realizados por Sergio Moro que comprovariam o uso de Tony Garcia como agente infiltrado, a partir de 2004.

“Isso é obstrução de justiça”, declarou Tony, que nunca teve relacionamento pessoal com Danilo Pereira Júnior, mas o conhece desde que era fornecedor dos produtos entregues ao consórcio Garibaldi.

Danilo era advogado do grupo quando o Banco Central decretou intervenção no consórcio, na década de 90, sob alegação de que houve fraude. Uma das pessoas apontadas no relatório do Banco Central como beneficiária da fraude foi a esposa de Danilo Pereira Júnior,Mauritânia Bogus.

Alguns anos depois, Danilo passou no concurso para juiz federal no Paraná e procurou o ex-diretor do Garibaldi Agostinho de Souza, para convencê-lo a prestar depoimento para um colega, Sergio Moro, que havia reaberto o caso do consórcio.

Agostinho fez acusações duras contra Tony Garcia, entre elas a de que teria sido ameaçado de morte. Com base nessas declarações, Sergio Moro iniciou um movimento para derrubar o habeas corpus que impedia a Vara de Curitiba de dar sequência ao processo contra Tony Garcia.

Moro conseguiu o que queria, e, liberado pelo STJ, mandou prender o empresário, que tinha sido deputado estadual e disputado três vezes a eleição para o Senado, sempre com votação expressiva. Tony foi colocado em uma cela insalubre da Polícia Federal e saiu de lá quando Moro o convenceu a executar cerca de 30 tarefas para ele, só uma relacionada ao consórcio.

Ao mesmo tempo em que trabalhava como agente infiltrado de Moro, Tony processou Agostinho de Souza por danos morais e obteve dele, numa audiência, a confissão de que, pressionado, havia inventado a história da ameaça.

Mais tarde, Tony também soube que a esposa do juiz Danilo Pereira Júnior não havia sequer prestado depoimento a Moro. “O Danilo foi protegido! E por quê? Porque ajudou Moro a construir uma farsa contra mim”, disse.

Em outro depoimento prestado por Agostinho de Souza a Moro, o advogado de Tony, Antonio Figueiredo Basto, perguntou a ele por que a mulher de Danilo tinha sido contemplada no consórcio.

Agostinho admitiu que foi fraude, já que o sorteio tinha sido fajuto e se destinava a repassar verbas trabalhistas ao advogado do consórcio, hoje juiz.

A indignação de Tony Garcia também se estende à revogação do afastamento de Gabriela Hardt. A juíza tomou o depoimento em que o empresário relatou crimes que cometeu por ordem de Moro. “Ela prevaricou ao não mandar apurar a denúncia ou encaminhá-las para o foro adequado”, destacou.

Em vez de disso, Gabriela marcou uma audiência em que, tudo indica, revogaria o acordo de colaboração de Tony Garcia e, como consequência, mandaria o empresário de volta à prisão.

A audiência foi suspensa pelo ministro Dias Toffoli, do STF, em maio do ano passado, depois que Tony Garcia deu entrevista à TV 247 e relatou o que fez por ordem de Moro, e apontou a prevaricação da juíza.

Danilo Pereira Júnior também deixou suas digitais nesse movimento para blindar Moro e asfixiar Tony Garcia. Como substituto no TRF-4, ele deixou de apreciar um pedido para que o depoimento do empresário fosse remetido para o STF, onde Moro tem foro privilegiado.

“Veja o absurdo: quem participou da farsa do processo do consórcio Garibaldi e depois protegeu Moro está hoje com a chave do cofre onde estão as provas dos crimes do ex-juiz e da Lava Jato”, afirmou.

É que Danilo Pereira Júnior, depois de votar pela suspeição de Eduardo Appio, assumiu seu lugar na 13a. Vara Federal de Curitiba. É como se a raposa passasse a tomar conta do galinheiro. E o CNJ, contrariando seu corregedor, nada fizesse para proteger as galinhas.

“Enquanto o Danilo Pereira Júnior estiver na 13a. Vara Federal de Curitiba, haverá uma mancha no Judiciário. Ele precisa ser afastado pelo bem da própria Justiça”, finalizou Tony Garcia.


iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

QOSHE - “Estou indignado”, diz Tony Garcia sobre a decisão do CNJ que favoreceu os juízes Danilo e Gabriela Hardt - Joaquim De Carvalho
menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

“Estou indignado”, diz Tony Garcia sobre a decisão do CNJ que favoreceu os juízes Danilo e Gabriela Hardt

11 43
19.04.2024

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

O empresário Antônio Celso Garcia, o Tony, reagiu indignado ao julgamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que revogou a decisão do corregedor Luis Felipe Salomão de afastar os juízes Danilo Pereira Júnior e Gabriela Hardt.

“Tenho certeza de que os conselheiros que votaram a favor dos dois juízes não conhecem as denúncias contra ele, muito menos suas fundamentações”, disse Tony, que deu uma entrevista contundente à TV 247 (veja abaixo).

Tony também reúne novas provas contra Danilo Pereira Júnior, que, segundo ele, continua obstruindo a Justiça. O juiz, que assumiu a 13a. Vara Federal de Curitiba, não teria entregue aos delegados da Polícia Federal parte dos procedimentos realizados por Sergio Moro que comprovariam o uso de Tony Garcia como agente infiltrado, a partir de 2004.

“Isso é obstrução de justiça”, declarou Tony, que nunca teve relacionamento pessoal com Danilo Pereira Júnior, mas o conhece desde que era fornecedor dos produtos entregues ao consórcio Garibaldi.

Danilo era advogado do grupo quando o Banco Central decretou intervenção no consórcio, na década........

© Brasil 247


Get it on Google Play