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Este mês, os argentinos tomarão decisões fundamentais para suas vidas, para o país e, de certa forma, para a América Latina. A Argentina não será mais a mesma. Será muito pior ou será melhor.

As decisões que os argentinos tomarão tornarão a vida melhor ou pior. Viverão com orgulho no seu país ou com vergonha. Eles viverão felizes ou infelizes. Voltarão a ter confiança no futuro do país ou ficarão desanimados. Acordarão todas as manhãs à espera de boas iniciativas ou acordarão com vontade de voltar a dormir, tão inaceitável será o país pelo qual abandonarão as suas camas.

Os argentinos caminharão pelas ruas e praças das cidades orgulhosos de seu país ou tristes pelo crescente número de pessoas, famílias, mães e crianças abandonadas, embrulhadas em panos, sem ninguém que cuide delas.

Os argentinos sentir-se-ão orgulhosos das suas decisões ou arrepender-se-ão delas. Confiar no seu novo governo ou desprezá-lo. Sairão vestidos com as cores da bandeira argentina ou vestirão o que lhes couber, estarão vivendo tão sofridos e miseráveis.

A Argentina será diferente, porque uma perspectiva do país terá sido vitoriosa, outra será derrotada. Dependendo da perspectiva escolhida pela decisão majoritária, o futuro da Argentina será um ou outro. Alguém que se identifica com a dor e o sofrimento do povo ou alguém que despreza o país e os argentinos, as mulheres e crianças argentinas, os trabalhadores e suas famílias terá sido escolhido para enfrentar os graves problemas que o país enfrenta.

Haverá mais violência e mais armas circulando pela sociedade, ou a Argentina poderá recuperar a sua paz, a sua felicidade, a sua harmonia, os seus sentimentos de solidariedade.

A América Latina poderá contar com um país mais soberano, um aliado democrático dos países amigos. Ou terá que conviver com um presidente que despreza a América Latina e os latino-americanos. Que ele só está interessado na aliança com os EUA e Israel. Que quer se distanciar do Brasil e dos demais países do continente.

Por tudo isso e por tantas outras coisas, a decisão que os argentinos tomarão no dia 19 será um marco divisor na história do país. Por isso, nesta última semana, após o último debate entre Massa e Milei, passamos à contagem regressiva e à última semana de campanha antes da votação mais importante da história política do país.

Mesmo com medo, as pessoas não querem pensar no que seria do país, caso o candidato da extrema direita, com as suas abordagens, vença as eleições do próximo domingo. As abordagens são tão absurdas que fariam com que o país se isolasse completamente no mundo, sem relações nem com o Brasil nem com a China, seus principais parceiros comerciais. Um país que já é marginal na economia mundial entraria num processo de isolamento absoluto.

Em compensação, se Massa vencer, os principais países do continente – México, Brasil, Argentina e Colômbia – estarão alinhados em posições semelhantes, democráticas e antineoliberais, fazendo com que a América Latina entre num novo ciclo de expansão econômica, política integração, ocupação de um lugar expressivo no mundo no século XXI.

Tudo isso será decidido esta semana na Argentina. Por tudo isso, todos nós, latino-americanos, temos os olhos e o coração postos na Argentina.

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As decisões das Argentinas

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13.11.2023

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Este mês, os argentinos tomarão decisões fundamentais para suas vidas, para o país e, de certa forma, para a América Latina. A Argentina não será mais a mesma. Será muito pior ou será melhor.

As decisões que os argentinos tomarão tornarão a vida melhor ou pior. Viverão com orgulho no seu país ou com vergonha. Eles viverão felizes ou infelizes. Voltarão a ter confiança no futuro do país ou ficarão desanimados. Acordarão todas as manhãs à espera de boas iniciativas ou acordarão com vontade de voltar a dormir, tão inaceitável será o país pelo qual abandonarão as suas camas.

Os argentinos caminharão pelas ruas e praças das cidades orgulhosos de seu país ou tristes pelo crescente número de pessoas, famílias, mães e crianças abandonadas, embrulhadas em panos, sem ninguém que cuide delas.

Os argentinos........

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