Poder falar abertamente sobre o câncer foi certamente uma das principais conquistas da área da saúde —e por que não dizer da população como um todo— nas últimas décadas. Afinal, não muito tempo atrás, a própria palavra câncer vinha acompanhada de um estigma, sendo vista como algo que "atraía o mal".

As crenças do passado estavam associadas à grande falta de informação, à gravidade da doença e às restritas possibilidades terapêuticas. Esse desentendimento tinha como consequências um movimento cruel de preconceito e o isolamento social dos pacientes.

Era quase como se ter uma neoplasia —um tumor— fosse um comportamento errado, o que dificultava a busca por diagnósticos e o comprometimento com a jornada de tratamento.

Muita coisa mudou desde então, como a instituição de 4 de fevereiro como o Dia Mundial do Câncer. A data foi criada em 2005 pela UICC (União Internacional para o Controle do Câncer), com apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Com a data, diferentes países passaram a se mobilizar para realizar campanhas de prevenção, fortalecendo o conhecimento sobre o tema e desmistificando preconceitos.

No Brasil, a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), organização sem fins lucrativos que oferece apoio gratuito a pacientes com cânceres e doenças do sangue, aderiu à campanha mundial. E, em 2017, criou a sua própria, a Vá de Lenço, que também homenageia pacientes que estão em tratamento ou já se curaram. Em 2024, a Abrale ainda abraça a campanha Por Cuidados Mais Justos da UICC.

O objetivo da campanha Vá de Lenço é informar sobre a importância dos hábitos saudáveis na prevenção da doença, já que grande parte dos mais de 700 mil novos diagnósticos que teremos somente neste ano, segundo dados oficiais epidemiológicos, poderiam ser evitados.

É urgente que a população entenda que é possível praticar hábitos mais saudáveis. Por exemplo, manter uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas, manter um peso corporal adequado, não fumar e não beber.

Mais

Para que a mensagem da campanha seja potencializada, a Abrale convida pacientes, médicos, profissionais e instituições de saúde, artistas, influenciadores e demais interessados na causa a vestirem um lenço no Dia Mundial do Câncer. E, ainda, postar uma foto nas redes sociais com a hashtag #vádelenço, contando quais ações em prol da saúde irão colocar em prática.

Além dessa mobilização, a Abrale vai distribuir 1.800 lenços a mais de 45 hospitais, clínicas e casas de apoio em 15 estados brasileiros, mantendo o apoio do Instituto Quimioterapia e Beleza. A associação também vai divulgar conteúdos informativos em diferentes formatos sobre prevenção do câncer.

Para que a informação seja disseminada amplamente, haverá uma parceria com mais de 70 instituições de saúde. Famosos como Ana Maria Braga, Dani Calabresa, Lucas Lima, Glória Pires, Joelma e Ary Fontoura também participarão da campanha.

Há mais de 20 anos, a Abrale trabalha para que o paciente tenha diagnóstico em tempo oportuno e tratamentos de qualidade e bem-estar. Essa atuação conjunta amplia as possibilidades de um acesso mais equânime.

O lenço, na oncologia, simboliza resistência, força e esperança. No dia 4 de fevereiro, ele ainda representa empoderamento, conscientização, mudança de atitude e solidariedade. Vá de lenço você também e compartilhe em suas redes.

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Campanha incentiva uso de lenço no Dia Mundial do Câncer

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02.02.2024

Poder falar abertamente sobre o câncer foi certamente uma das principais conquistas da área da saúde —e por que não dizer da população como um todo— nas últimas décadas. Afinal, não muito tempo atrás, a própria palavra câncer vinha acompanhada de um estigma, sendo vista como algo que "atraía o mal".

As crenças do passado estavam associadas à grande falta de informação, à gravidade da doença e às restritas possibilidades terapêuticas. Esse desentendimento tinha como consequências um movimento cruel de preconceito e o isolamento social dos pacientes.

Era quase como se ter uma neoplasia —um tumor— fosse um comportamento errado, o que dificultava a busca por diagnósticos e o comprometimento com a jornada de tratamento.

Muita coisa mudou desde então, como a instituição de 4 de fevereiro como o Dia Mundial do Câncer. A data foi criada em 2005 pela UICC (União Internacional para o Controle do Câncer), com apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Com a data, diferentes países passaram a se mobilizar para realizar campanhas de prevenção, fortalecendo o conhecimento sobre o tema e desmistificando preconceitos.

No Brasil, a Abrale........

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