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O TikTok foi "salvo" nos EUA, mas colocando a democracia europeia em risco

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tuesday

O TikTok evitou a proibição nos Estados Unidos através de um acordo cirúrgico: criação de uma nova unidade norte-americana, controlo maioritário entregue à Oracle, Silver Lake e ao fundo MGX, e uma ByteDance reduzida a sócia minoritária. O negócio deverá ser fechado a 22 de janeiro de 2026 e é apresentado como uma vitória da "segurança nacional" americana. Dados sob custódia local dos EUA, algoritmo supervisionado e influência externa mitigada. O problema é que não responde à pergunta que realmente nos interessa a nós europeus.

Com efeito: este acordo protege os interesses de Washington e, diretamente, de Trump e do seu regime. Não protege, por clara e absoluta definição, a União Europeia.

A partir do momento em que o TikTok passa a ser estruturado para satisfazer exigências políticas e estratégicas dos EUA, deixa de ser apenas uma plataforma global com origem chinesa e passa a ser um ativo sensível num jogo de poder entre dois blocos. E a Europa não está sentada à mesa: Está no prato.

O primeiro risco é óbvio e raramente dito com frontalidade: o algoritmo deixa de ser tratado como produto tecnológico e passa a ser tratado como instrumento político. Não é teoria conspirativa, é história recente. Já vimos plataformas onde a orientação do proprietário ou da gestão interfere diretamente........

© Sapo