A vassalagem estratégica de Moscovo
Após mais de três anos de um conflito que redefiniu o equilíbrio de forças na Eurásia, a geografia estratégica da guerra na Ucrânia alterou-se de forma irreversível; não apenas nas frentes de combate, mas sobretudo nos centros de decisão de Pequim. Em 2025, com a administração Trump a consolidar um desinvestimento operacional na Europa para priorizar o isolacionismo transacional, a Ucrânia transitou para a esfera de responsabilidade existencial quase exclusiva dos parceiros europeus.
No reverso desta dinâmica, a Rússia sobrevive hoje num estado de suporte vital logístico e financeiro providenciado pela China. A tese é desconfortável para o Kremlin, mas os indicadores são implacáveis: Moscovo está a abdicar da sua autonomia estratégica (ao converter-se, na prática, num estado-cliente de Pequim) como consequência direta de vetores de dependência tecnológica e económica sem precedentes.
Existe uma ironia histórica nesta fase do conflito. Se a propaganda russa descreve a Ucrânia como um ativo sem soberania própria, em 2025 a situação da Rússia não........





















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