Há quem queira renomear o Natal, cancelar o Natal, mutilar o Natal.

Mas o Natal, antes de ser a festa do consumo, um subsidio ou um feriado no calendário, é um poderoso símbolo. O Natal é a mais bela história: celebração da vinda ao mundo de um bebé frágil que precisa de ninho e miminho. Um bebé que encarna a promessa da vida e da continuidade; que necessita da defesa de todos — dos pais, da civilização e da natureza (a gruta, os animais, o calor primitivo), dos poderosos, como os reis magos. Porque há algo maior do que todos eles juntos: a vida que começa.

Na narrativa fundadora do Natal, esse bebé tem de ser protegido da ira de Herodes, a figura arquetípica do ódio à infância e do medo/controlo do futuro.  Ele é a representação da fúria contra a união e a esperança que encarnam no nascimento de Jesus e que nunca foram........

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