Vivemos num paradoxo evidente: apesar de a transição energética ser um imperativo nacional, europeu e global, persistem no debate público narrativas simplificadas, e, por vezes, distorcidas, sobre o impacto das energias renováveis no território e na biodiversidade.

A realidade é que, mesmo cumprindo as metas do Plano Nacional Energia e Clima 2030 (​PNEC2030), estes projetos ocuparão menos de 0,5% do território nacional, revelando um desfasamento significativo entre perceção e factos.

Ainda assim, as redes sociais e parte da comunicação social têm amplificado a ideia de um conflito inevitável entre energia e natureza, desenvolvimento e conservação, ou mesmo entre promotores, entidades públicas e comunidades locais.

Esta leitura ignora a experiência acumulada de um país com mais de 50 anos de geração renovável, onde muitos projetos se integram no território através de soluções de adaptação, mitigação e valorização ambiental, contribuindo, não só para a descarbonização, mas também para a........

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