Ainda há esperança no Serviço Nacional de Saúde?
Numa manhã chuvosa e cinzenta, entrei nos corredores do silêncio e do sofrimento de um hospital oncológico. Transportava comigo uma caixa colorida com livros que pretendiam ser um pequeno momento de alegria e esperança, junto daqueles que nunca deveríamos ver sofrer: as crianças. Como médica, já tantas vezes sofri com os fins que não queremos aceitar, com o inevitável que custa não vencer, com a consciência da nossa limitação e finitude enquanto seres que, por vezes, apenas conseguem cuidar e não curar. A verdade é que já muito em mim se sentia constrangido e pequenino ao tentar levar esperança e cor aos que enfrentam tormentas que nos dilaceram a humanidade.
Naquela manhã, enquanto entregava os meus livros e lia uma história intitulada “Juntos somos mais fortes”, o M., a N. e o R. ensinaram-me o verdadeiro sentido de esperança e de força. Enquanto o meu coração se tornava pequeno ao vê-los doentes, foram eles que, com ternura, me devolveram a sua contagiante alegria. Falaram-me dos seus gostos, sonhos e das inúmeras coisas boas que encontraram naquele hospital, naquele dia cinzento, naqueles corredores silenciosos: o carinho dos profissionais, os brinquedos que tinham, os desenhos que faziam para partilharem entre si um caminho que esperavam breve e que lhes devolveria a liberdade e a alegria de uma infância longe........





















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