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O fim da ilusão europeia

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06.11.2025

Um líder de uma nação não é verdadeiramente líder se não inspirar. A liderança exige uma convicção profunda e inabalável: a de defender o país que se representa, não apenas o território e a economia, mas também a alma e a identidade do povo. Ser patriota não é um anacronismo, é uma obrigação moral. Um chefe de governo que ignora o seu dever patriótico perde a legitimidade que o cargo lhe confere e transforma-se num simples gestor de poder.

Nas últimas décadas, o Ocidente foi dominado por uma elite política que confundiu cosmopolitismo com rendição e diálogo com submissão. Em nome de uma pretensa “modernidade”, renegou-se a herança cultural europeia e desprezaram-se os valores que sustentaram séculos de progresso. Foi neste contexto que emergiram figuras como Javier Milei e Giorgia Meloni, líderes que, apesar das críticas, voltaram a colocar a pátria, a verdade e o povo no centro da ação política.

A ascensão de Javier Milei na Argentina representa uma rutura clara com o socialismo decadente e com o populismo que afundou o país. O economista libertário rompeu com décadas de conformismo e devolveu aos argentinos a esperança num futuro baseado na liberdade e no mérito.

É certo que Milei não é um líder perfeito, o seu temperamento explosivo, a linguagem por vezes excessiva e até suspeitas e polémicas que envolveram alguns membros do seu círculo político não passam despercebidas. Mas, ao contrário de tantos outros, Milei é um líder apaixonado pela Argentina. Essa paixão sente-se nos discursos, nota-se no seu olhar e comprova-se nos resultados. Governa com o coração e é precisamente essa intensidade emocional que o aproxima do povo.

Ao contrário dos seus antecessores, compreendeu que o Estado não cria riqueza apenas o trabalho, a produção e a responsabilidade individual o fazem. Desmistificou a ideia de que o dinheiro “nasce nas árvores” e enfrentou o tabu das reformas estruturais. Sob a sua liderança, a Argentina iniciou uma recuperação económica visível: a inflação começou a cair e as contas públicas começaram, lentamente, a equilibrar-se.

Milei fala com franqueza e sem filtros e é precisamente essa autenticidade que o torna eficaz. Representa uma nova geração de políticos que preferem a verdade incómoda à mentira confortável. Num mundo em que a........

© Observador