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O cartoon da RTP foi terrorismo emocional

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05.03.2024

É provável que muitos achassem piada que na estação de televisão pública, paga por todos nós, ao fechar um bloco de notícias fosse apresentado um cartoon onde se vislumbra um caixão a abrir para de seguida se fechar com a caricatura de Pedro Passos Coelho deitado nesse mesmo caixão – isto devido ao seu surgimento na campanha eleitoral.

É claro que rapidamente e por parte de alguns acérrimos defensores da liberdade artística, as palmas e o entusiasmo pela “obra” de Tiago Albuquerque foi por demais sentida.
Considerandos à parte sobre a cultura do gosto, a questão essencial é só uma: não deveria a estação pública alhear-se de qualquer forma – seja objetiva ou subjectiva – de fazer qualquer tipo de campanha política, não deveria também pensar na forma como manda e paga para se fazer humor?

O serviço público da RTP há muito ultrapassa os limites do seu papel constitucional. Porém, o cartoon da polémica gozou, vilipendiou e fez troça de um antigo Primeiro-Ministro que, para seu infortúnio perdeu a esposa, um irmão e um pai num curtíssimo espaço tempo. Para muitos, este cartoon é uma arte, é uma obra-prima e deve ser sempre considerada a liberdade artística. Se isto é mesmo liberdade artística eu e muitos portugueses não percebemos mesmo nada disto. Só sei que isto não se faz e a obra é ou será paga por todos nós, e por essa razão temos a liberdade, e até dever de nos opormos a tamanha falta de........

© Observador


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