É preciso alterar o modelo de debate televisivo
As próximas eleições legislativas estão revestidas de um caráter excepcional. Desde logo pelo contexto como ocorreu a demissão de António Costa, portador de uma maioria absoluta inesperada na Assembleia da República.
Entram na corrida outros protagonistas e no Partido Socialista são três os putativos futuros líderes a secretário geral de onde sairá o próximo candidato do partido a primeiro ministro.
Sobre as propostas, e à medida que o tempo avança, elas são genericamente mais ou menos conhecidas de todos.
Porém, os debates televisivos, na minha opinião, revestem-se de alguma importância mormente para os indecisos que as sondagens apontam rondar os 17%.
O modelo que as televisões adoptam, e ao qual estamos habituados, parece não trazer nada de novo quando de facto a sua função é exactamente a aposta.
O tempo é escasso e os interlocutores exageram, propositadamente, nos ataques pessoais e no “sei o que fizeste o verão passado”.
O confronto directo de ideias dá lugar por vezes à mais triste realidade: a demonstração clara que não há qualquer respeito pelos eleitores com o vaguear em temas que carecem de respostas claras e objectivas. Tudo aquilo em que o debate se deve focar a realidade leva-o para um outro caminho, o caminho das respostas vazias e da clarificação superficial dos temas.
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O próprio moderador tem grandes dificuldades........
© Observador
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