Ensinar História de Portugal é um tremendo erro?
Com um título obviamente provocatório — ou talvez não — convido o caro leitor a ousar viajar até à sua própria infância e adolescência.
Longe vão os tempos em que, no Estado Novo, era obrigatório memorizar, no ensino primário, os nomes das estações de caminho de ferro da metrópole e das colónias. As crianças de hoje, nascidas num mundo tecnologicamente avançado, onde tudo lhes surge de forma rápida, bela e atraente, tendem a perder não só a capacidade de ler e interpretar um texto, como também a de imaginar as imagens que a História descreve.
O acesso livre à tecnologia desde a mais tenra idade abre-lhes as portas de um mundo aparentemente perfeito, profundamente manipulador, que captura a sua atenção através de sensações que lhes dão um bem-estar imediato e fácil. Sem esforço. Sem perseverança. E muito menos reflexão.
Desta realidade ao total desinteresse pela maioria das matérias ensinadas na escola vai apenas um passo — e curto, por sinal.
De nada vale reclamar ou lutar contra as evidências: a tecnologia veio para ficar, e ainda bem. Resta-nos aprender a geri-la, para que nos seja útil e não o nosso cárcere de liberdade de pensamento.
É aqui que entra a HISTÓRIA DE PORTUGAL.
Como dá-la a conhecer às crianças e jovens de forma verdadeiramente eficaz? Ensiná-la é um erro? Pelo menos da forma como tantas gerações a aprenderam.
Seguir um manual frequentemente desinteressante ou escutar um professor que insiste em debitar dados históricos de forma formal e monocórdica já não funciona com jovens que não aceitam a aprendizagem como um “dever”. Tal como num tablet, tudo o que não interessa é passado para o lado e imediatamente esquecido.
Esta geração precisa de algo que a tecnologia ainda não consegue transmitir na........





















Toi Staff
Penny S. Tee
Gideon Levy
Sabine Sterk
Mark Travers Ph.d
Gilles Touboul
John Nosta
Daniel Orenstein