Em Portugal ainda mandam as pessoas
Nas eleições autárquicas deste fim de semana, a política voltou a caber no nome próprio. Mais do que as retóricas partidárias e as lógicas de fação – que continuam a ter, ainda assim, o seu peso – os eleitores valorizaram os perfis dos candidatos, mostrando que a vitalidade da política feita em proximidade recompensa muito mais a marca pessoal do que a ideologia e as bandeiras partidárias.
O PSD fez um grande esforço por apresentar bons candidatos e, graças a isso, volta a mandar no poder local. Venceu em cidades adversas como Lisboa e Porto, recuperou Gaia, conquistou Sintra e manteve Braga (à tangente). Ganhos assim valem por dois. E se há vitórias que são importantes, por serem nas maiores metrópoles do país, outras há que valem pelo simbolismo: cidades como Guimarães, Beja ou Nazaré, há poucos anos conquistas que seriam impensáveis, hoje mostram-nos que já não há muros eleitorais eternos.
Os socialistas perderam a noite, mas José Luís Carneiro terá ido dormir satisfeito. O PS segurou alguns bastiões e travou a cavalgada local de um Chega que não foi capaz de repetir os resultados das legislativas. Pelo caminho, recuperou cidades importantes, como Coimbra, e ainda teve como bónus a cidade de Viseu, onde a recusa do PSD local se coligar com o CDS-PP e com a IL foi suficiente para abrir espaço para o resultado mais surpreendente do passado domingo. Acresce que algumas das vitórias eleitorais mais expressivas dos socialistas – como as de Ricardo Leão, em Loures, Ana Abrunhosa, em........





















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