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Tarifas de Trump: ganham as contas públicas...

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Os EUA começam a sentir os efeitos das tarifas impostas por Donald Trump nos primeiros meses do ano. Além das tarifas impostas logo em janeiro, entre abril e o verão, a Administração norte-americana aplicou uma tarifa base à generalidade das importações e agravou taxas para vários países e setores estratégicos. A estratégia da Casa Branca tem assentado sobretudo em três objetivos, nomeadamente a redução do défice externo, o regresso da indústria manufatureira ao território americano e o reforço da receita fiscal via aumento das tarifas alfandegárias. Os números mais recentes mostram avanços em algumas áreas, mas também custos evidentes para os consumidores e pressões adicionais sobre vários indicadores económicos.

Um dos impactos visíveis é no comércio externo. Em agosto, o défice comercial caiu para 59,6 mil milhões de dólares, o valor mais baixo desde finais de 2023, com uma descida de 5,1% das importações e uma ligeira subida das exportações. Esta melhoria é consistente com o efeito conjunto das tarifas e da recente depreciação do dólar, implicando compras externas mais caras.

A reaceleração da inflação é mais um dos efeitos visíveis das tarifas. A depreciação do dólar reforça esta dinâmica. Embora melhore o saldo comercial, encarece ainda mais os bens importados e penaliza o poder de compra. Este é um risco político para Trump num momento em que a inflação voltou a acelerar dos 2,3% em abril para 3% em........

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