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Nojo do Preço Certo

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01.11.2025

Portugal tem falta de intelectuais. Em geral, este é o tipo de diagnóstico feito por quem não é intelectual, mas não se importava que o reconhecessem como tal. Ainda assim, no momento em que se discute o Orçamento de Estado, a ausência deste tema no debate é, no mínimo, escandalosa.

Pelo menos temos Isabel Figueiredo. Com obra publicada, participação em fóruns e uma coluna num semanário, é, por natureza uma intelectual. Por isso, na semana passada, desmoronou, sem pudor, as convenções da cultura dominante, e num daqueles olhares ácidos e mordazes, a que só um intelectual tem acesso, diagnosticou: temos um problema e esse problema é o Preço Certo.

Se o leitor está surpreendido com a conclusão é provável que a autora seja mesmo uma intelectual. Se o leitor concorda com a autora é provável que, também seja, um intelectual. Por isso, como gosto de me armar em esperto, que é o primeiro passo para ser intelectual, mesmo estando surpreendido, concordo com ela.

Isabela Figueiredo assinala – e bem – que o Preço Certo é um “chinfrim” insuportável, que “parou no tempo”, e com valor cultural “nulo”. E eu concordo. É melhor acabar, de uma vez por todas, com tudo o que é........

© Observador