Os partidos ditos «anti-sistema»
1.Verifica-se hoje na maioria dos países europeus um ressuscitar da direita pela via eleitoral. A esquerda está em transe. Como não sabe como identificar este fenómeno, chama-lhe «populismo» – termo, aliás, muito estúpido -, e considera que os partidos que o protagonizam são «anti-sistema», imputando-lhes as mais cavilosas intenções. Conhecemos esta conversa e não vale a pena perder tempo com ela. Não é, portanto, para os esquerdistas que escrevo isto.
Querem saber por que razão é que aqueles partidos estão em ascensão eleitoral? É muito simples. A democracia parlamentar/liberal do ocidente europeu está em crise perante o autoritarismo governamental que a assola e aquilo a que chamam comportamento «anti-sistémico» é apenas uma reacção de indignação e desagrado de uma larga margem de eleitores que se sentem traídos, abandonados e mal representados.
Vejamos. O governo/administração é hoje o poder central do estado. As causas da sua ascensão são irresistíveis e fazem-se sentir em toda a parte. Na verdade, a administração teve sempre uma parte importante do poder em todas as latitudes e formas históricas de estado mas nunca tão importante como hoje. A intervenção estatal a todos os níveis da vida económica e social mudou tudo. A Administração especializou-se, burocratizou-se e transformou-se no poder principal do estado.
As causas deste fenómeno são várias e heterogéneas. As principais são o aumento da intervenção estatal, a natureza da legislação actual e as modificações institucionais dos partidos políticos.
O parlamento deixou de ser o órgão principal do estado, timbre da democracia burguesa de base parlamentar. E porquê? O aumento da intervenção estatal colocou a técnica na ordem do dia e o parlamento, evidentemente, é um órgão político e não é nem........





















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