O Tango de Trump e Milei
No dia 9 de outubro, o mundo financeiro foi presenteado com o mais recente número de ilusionismo monetário: o Tesouro dos Estados Unidos, sob o comando de Scott Bessent, acaba de lançar 20 mil milhões de dólares na Argentina através de um “swap” de moeda e compras diretas de peso argentino. As manchetes celebram a “estabilização de um aliado chave”, enquanto Donald Trump e Javier Milei se preparam para selar esta amizade no dia 14 de outubro. Os mercados rejubilaram: os títulos argentinos de 2035 subiram 4,5 cêntimos e o peso valorizou 0,8%. Avançando para o dia 15 de outubro, a Casa Branca decide redobrar esta injeção para um total de 40 mil milhões de dólares.
Separando o trigo do joio, a atitude não representa um triunfo da liberdade económica, mas apenas mais um capítulo no manual do desespero de moedas fiduciárias (ou “fiat”): sustentar um sistema podre com mais papel. E é, acima de tudo, um lembrete sobre o único caminho para a prosperidade ser o abandono completo deste tipo de moeda.
Comecemos pelo óbvio: a economia argentina é um desastre crónico. Décadas de impressão descontrolada transformaram o peso numa caricatura de moeda. A inflação ultrapassou os 200% antes de Milei empunhar a sua motosserra de........





















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