O código postal e o rendimento decidem a nossa saúde
Em Portugal, viver com uma doença crónica significa enfrentar não só os desafios da própria condição, mas também barreiras que não deveriam existir num país europeu. A dificuldade de acesso a tratamentos essenciais, a burocracia, os tempos de espera para exames e consultas, os custos suportados pelos doentes e as deslocações obrigatórias para obter cuidados ou medicamentos, somados às desigualdades sociais e geográficas, criam um cenário de profunda injustiça. Estas iniquidades agravam o acesso aos cuidados e penalizam quem mais precisa.
A incapacidade do SNS para dar resposta adequada obriga muitos doentes a recorrerem ao setor privado, aumentando de forma significativa a fatura familiar com a saúde. Segundo a Fundação Francisco Manuel dos Santos, as famílias portuguesas suportam cerca de 30% das despesas em saúde, muito acima da média europeia. Quando se juntam os baixos salários, o aumento do custo de vida e os valores incomportáveis da habitação, percebe-se a desigualdade vivida por quem depende de cuidados regulares.
Este problema torna-se ainda mais evidente no acesso à inovação terapêutica, como os........





















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