O inevitável declínio do Socialismo
No seu imperdível Capitalismo, Socialismo e Democracia, publicado em 1942, Joseph Schumpeter deixou-nos uma premonição feroz a respeito do futuro do Capitalismo: dentro dos respetivos pressupostos fundacionais, poderiam gerar-se as condições ideais para a sua destruição, com a consequente emergência de uma ordem socialista.
Naturalmente, o Socialismo a que aludiu Schumpeter é estruturalmente distinto daquele que, ainda hoje, dá nome a alguns dos principais partidos da social-democracia europeia, como o PS, em Portugal, ou o PSOE, em Espanha.
Com a premonição a que aludimos, Schumpeter tinha em mente o socialismo coletivista e algumas das suas premissas estruturantes, sob cuja égide eclodiu o apaixonante debate em torno do problema do cálculo económico.
No cerne do presente artigo está também uma premonição, agora a respeito do próprio Socialismo, mais concretamente o Socialismo Democrático, que enfrenta a sua própria crise de relevância e, ousamos admitir, o princípio do seu (já) inevitável declínio.
É um facto, sobejamente conhecido, que a social-democracia enfrenta atualmente uma crise de adaptação aos novos paradigmas sociais, económicos e culturais, da terceira década do Século XXI.
Em termos relativamente sucintos, poder-se-á dizer que os pilares que sustentaram o glorioso período do pós-Guerra foram severamente abalados pela globalização, pela deslocalização industrial e, mais recentemente, pela........





















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