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A ansiedade entre jovens e o papel das redes sociais

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17.11.2025

Vivemos uma epidemia silenciosa. A ansiedade alastra entre adolescentes e jovens adultos, e o principal catalisador está sempre à mão “o telemóvel”. O que nasceu como ferramenta de comunicação transformou-se num aparelho de dependência neurológica e de manipulação emocional em larga escala.

Hoje, o jovem acorda ao som das notificações e adormece sob o brilho azul do ecrã. Cada like é uma microdose de dopamina, cada scroll uma fuga do vazio. O cérebro reage como o de um viciado em que ativa o sistema de recompensa, pedindo estímulo constante e resistindo cada vez menos à pausa. As redes sociais foram concebidas precisamente para isso, para captar atenção, gerar comparação e prender o utilizador num ciclo de gratificação imediata.

Do ponto de vista neurológico, este padrão de uso altera os circuitos cerebrais associados à recompensa, à regulação emocional e à tomada de decisão. A estimulação contínua do sistema dopaminérgico reduz a tolerância ao tédio e compromete a capacidade de autocontrolo. Em adolescentes, cujo córtex pré-frontal, região responsável pelo pensamento crítico e pela inibição de impulsos, ainda........

© Observador