A política depois do ruído
Há momentos na vida política em que a realidade se impõe com uma serenidade quase desconcertante. A democracia madeirense reencontrou um desses momentos.
Depois de meses em que se tentou transformar o Parlamento numa caixa de inquietações artificiais, regressa-se finalmente ao ponto de equilíbrio – o da institucionalidade, onde a política não vive da coreografia do instante, mas da substância das escolhas.
Durante demasiado tempo, a Assembleia Legislativa foi tratada como uma espécie de laboratório emocional onde se fabricavam desacordos e se encenavam precipícios para puro consumo mediático. Nada de inédito na história política, embora suficientemente insistente para que o debate perdesse nitidez e se transformasse num exercício de dramatização permanente.
A democracia madeirense acabou, porém, por revelar um instinto de sobrevivência surpreendente. Recuperou o chão firme, como se recordasse que só funciona plenamente quando deixa de servir de campo de ensaio a táticas momentâneas.
Esta normalidade não deve ser entendida como uma exaltação da estabilidade pelo prazer da estabilidade. O que está em causa é o reconhecimento de que a vida democrática respira melhor quando não é sequestrada por cálculos imediatos. A normalidade não é um acessório,........





















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