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A Trigésima COP e o "clima" político-militar 

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14.11.2025

Já lá vai, muito longe de agora, a «Cimeira da Terra» de 1992, que teve lugar na bela cidade do Rio de Janeiro. Tinha-se chegado à conclusão , com a tutoria moral das Nações Unidas a dar-lhe credibilidade, que havia limites ao crescimento económico: era possível e desejável continuar-se no caminho do progresso, mas tal tendência deveria ser acompanhada por uma progressiva alteração qualitativa do conjunto de ações a empreender no futuro , com o fito de se constituir e manter um saudável equilíbrio entre, por um lado, um planeta que não possui recursos infinitos, e por outro, o apetite por vezes demencial dos agentes do desenvolvimento que, por razões de vária ordem, não estavam habituados a reconhecer a necessidade de alguma contenção na sua costumada dinâmica.

Trinta e três anos após a festa em terras cariocas e muitas outras ocasiões e Cimeiras dedicadas ao assunto, acontece mais uma magna Assembleia multilateral, agora em Belém do Pará, e uma vez mais com o Secretário-Geral das Nações Unidas — o português António Guterres — presente na sua sessão inaugural: sem surpresa, são muito modestas as expetativas quanto à capacidade dos participantes, estatais e outros, de ultrapassarem as múltiplas reservas pontuais habituais, ainda por cima estando ausentes, nomeadamente, os líderes da China e dos EUA, da Índia e da Rússia, os países maiores poluidores do globo. A Europa dos 27, em contraste, faz-se representar na pessoa da presidente da Comissão, assim se prevendo um seu especial protagonismo no decurso da Cimeira.

Onze dias dura este evento, e prevêem-se, não obstante as referidas previsões apontando para um envergonhado resultado,........

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