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Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, detalha legado bilionário e os riscos do Brasil a curto-prazo

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17.12.2025

Flávio Roscoe, Presidente do Sistema FIEMG, é o entrevistado de hoje na temporada do Minas S/A Desenvolvimento e Construção, em todas as plataformas de O TEMPO.

Com o fim do seu segundo e último mandato à frente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) se aproximando, o empresário faz um balanço de sua gestão e discute os desafios atuais da economia brasileira e mundial.

Roscoe detalha o legado de investimento em educação e o resgate da imagem da indústria, além de abordar temas polêmicos como a prática de dumping no comércio internacional, a visão de curto prazo do governo e os riscos da proposta de redução da jornada de trabalho no Congresso Nacional.

A seguir, a entrevista de Flávio Roscoe e o vídeo na íntegra: 

Você já está aí no segundo mandato e 2026 vence. Como fica a sua vida até lá? Você vai até o fim do mandato?

O objetivo é cumprir o mandato até o final e fazer as entregas que a gente se propôs. Já estamos trabalhando a sucessão aqui dentro da casa. O Guilherme já foi aclamado pela maioria absoluta dos presidentes do sindicato e eu tenho certeza de que vamos ter uma continuidade dos bons trabalhos que vêm sendo feitos aí em nome da indústria e para a sociedade de Minas Gerais. Então, eu saio com a sensação de dever cumprido. Não estou saindo ainda, falta um ano, mas já estou ali na reta final, sabendo que tudo aquilo que poderia ser feito até agora foi feito na plenitude, com muita intensidade, com muita dedicação, com muita estratégia, tentando ajudar a sociedade mineira.

Qual é o seu legado, Flávio? Claro que ainda tem mais um ano, até o final de 2026, mas o que que você pensa em ser reconhecido por esse tempo que você fica na FIEMG?

Não tem como deixar de falar da relevância da indústria e da gente resgatar essa imagem. Eu acredito que boa parte do trabalho foi construído em torno disso, de resgatar perante a sociedade a importância da indústria e como a indústria é porta de futuro para a sociedade. Esse resgate da relação entre a sociedade e a indústria é para que haja uma correção da percepção a respeito do setor industrial, que é muito relevante. Não temos país desenvolvido que não seja industrializado.

Qual você acha que era a percepção que havia antes e agora? Qual é a diferença?

Não é só com relação à indústria, mas de uma maneira geral, a gente tem um mindset equivocado no Brasil que quem resolve os problemas da sociedade é o governo, né? E como tem essa percepção que o governo que resolve, os demais atores acabam virando, às vezes, o problema. E na minha leitura, é exatamente o contrário, né? É o setor produtivo que gera emprego, gera renda, gera aumento de produtividade, e esse aumento de produtividade que é riqueza. O gasto do recurso público não é o ideal, a eficiência não é a ideal, a produtividade muitas vezes do poder público e a diretriz dada ali baseado apenas em eleições e não numa visão de longo prazo, é que retira o futuro da sociedade. O melhor governo é aquele que é o menor possível, mas vendem para a sociedade que não e, para justificar suas falhas, culpam o setor produtivo, que é efetivamente quem move o país.

Mas o que........

© O Tempo