A reunião das lideranças do agronegócio, da indústria e do comércio - com os presidentes da Fecomércio MG, Nadim Donato; da Faemg, Antônio de Salvo e da Fiemg, Flávio Roscoe - durante o Inova Varejo, realizado pela Fecomércio MG em Uberaba, no Triângulo Mineiro, representou um evento inédito e histórico de atuação conjunta em prol da economia de Minas Gerais.

“Nós, há cerca de um ano atrás, estamos fazendo um trabalho em conjunto, a Faemg, Fiemg e Fecomércio, no intuito de trazer para o empresariado do agronegócio, da indústria, do comércio de bens serviço e turismo, conhecimento, mas mais que isso, um entendimento sobre o setor produtivo inteiro. Nós nos complementamos e estamos, pela primeira vez talvez na história do Brasil, três grandes federações fazendo esse tipo de trabalho”, disse Nadim Donato.

Convergência

Antônio de Salvo, presidente da Faemg, disse que Minas Gerais sai na frente mais uma vez.

“Minas Gerais mostra que é possível o setor produtivo se juntar para ter uma convergência positiva para que toda a sociedade venha a ter vidas melhores”, disse. “Estarmos alinhados nesse momento aqui em Minas Gerais, tanto com a Fiemg como também com a Fecomércio, isso é muito bom para o setor produtivo. Isso gera força, ganho político, melhores negócios, melhores oportunidades para todos nós. Então, a classe produtora da agropecuária mineira fica muito feliz desse nosso primeiro encontro. Tenho certeza que outros virão e nós vamos estar juntos mais do que nunca para continuar fazendo o que esse Brasil precisa, que é trabalhar, gerar emprego, gerar riquezas para Minas e para o Brasil”, avaliou o presidente da Faemg.

Voz do setor

Para Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, o objetivo é ampliar a voz do setor produtivo, é empoderar esse segmento que é transformador, e é portador de futuro para a sociedade.

“A união traz a força e nós acreditamos que essa união de três entidades do Sistema S, três entidades do segundo Estado mais populoso do Brasil, de uma das economias mais dinâmicas do nosso país, podem sim e tem um potencial enorme de transformação, não somente aqui em Minas, mas no Brasil. Entendemos que há muitas sinergias entre as três casas, há muito em comum e que isso deve ser explorado ao máximo para que a sociedade possa beber na nossa união e na nossa capacidade de juntos, setores produtivos, transformar a vida do brasileiro sendo portadores de futuro, sendo portadores de transformação social das pessoas”, afirmou o presidente da Fiemg.

Sistema S

As três entidades - Fecomércio, Faemg e Fiemg - têm uma capilaridade grande em Minas Gerais, e, segundo Flávio Roscoe, as três entidades poderão também implementar unidades em conjunto.

“Dessa maneira a gente vai poder atingir cidades de menor porte, onde hoje não viabiliza uma unidade só do Sesi, uma unidade só do Sesi/Senai, ou uma unidade do Sesc/Senac ou uma unidade do Senar, mas com as três entidades juntas, a gente vai poder acessar cidades onde a gente hoje não pode ter uma atuação, uma participação efetiva. Com isso a gente vai reduzir custos, gerar sinergias e multiplicar as oportunidades nas ofertas dos produtos do Sistema S, que nós representamos, para toda a sociedade mineira. Isso é um grande ganho, já que as nossas entidades têm um cunho de formação profissional e também social”, afirmou.

Para Flávio, proposições para o Poder Público em conjunto também aumentam a força política das entidades, com debates junto à Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal.

Escuta coletiva

Na união das três entidades, Nadim Donato, presidente da Fecomércio MG, deu como exemplo o “Minas Grita pelo Leite”, protesto liderado pela Faemg contra a importação desleal de leite pelo Brasil.

“Eu não entendo de leite, mas ele (Antônio de Salvo) me explicou e nós pudemos, além de apoiar o movimento dele, nós três (Fecomércio MG, Faemg e Fiemg) também conversamos com o governador, que era um assunto fundamental. Quanto melhorar for a capacidade dos pequenos produtores rurais (220 mil famílias), isso reverbera para a indústria e para o comércio se ele produzir e a indústria transformar o que o nosso cliente quer. Então, nós vamos vender muito mais fácil e com preço, com custo mais barato, trabalhando sempre em cima da redução do Custo-Brasil”, explicou o presidente da Fecomércio MG.

Pautas positivas

Antônio de Salvo informou que o trabalho de cada federação continua.

“Cada um tem o lema de defender o setor que ele representa. Nós, na Faemg, representamos 401 sindicatos rurais e, com as suas extensões de base, nós atendemos 810 municípios. Nós não temos a parte física como o Sesc, Senac, Sesi e o Senai tem. Nós vamos dentro das propriedades rurais, a gente atende in loco. A grande parte dos nossos atendimentos do sistema S (com o Senar) é in loco. Então, nós vamos andar junto nas pautas positivas para que a sociedade entenda que Minas saiu na frente mais uma vez, nós vamos discutir os assuntos, sejam eles técnicos, sejam eles políticos, de forma a ter um denominador comum para todos nós, mas vamos continuar tendo as nossas posições pessoais que representam os nossos setores. A sociedade vai ter uma visibilidade nossa muito melhor, porque vamos fazer ações mais assertivas e com uma objetividade maior do que foi feito se comparado com o passado”, disse o presidente da Faemg.

O Senar, segundo Antônio de Salvo, atende, na sua grande maioria, pequenos produtores rurais. “Temos nosso programa de assistência técnica e gerencial (AT&G), atendemos mais de 20 mil produtores de forma gratuita e, na sua grande maioria, pequenos produtores”, calculou.

Produtos importados

Nadim Donato falou ainda sobre o pioneirismo na campanha conjunta que fez com a Fiemg para protestar e alertar sobre os danos à economia do país na venda em sites estrangeiros de produtos até US$ 50 sem taxação.

“Nós fomos pioneiros, como estamos sendo pioneiros hoje, nós fomos pioneiros em fazer um trabalho junto à mídia, junto à compreensão do consumidor na compra dos itens importados, até US$ 50. E esse pioneirismo nosso, ele reverberou para as nossas confederações. A Confederação Nacional do Comércio junto com a Confederação Nacional da Indústria entrou com uma Adin (ação direta de inconstitucionalidade) no Supremo Tribunal Federal para que houvesse esse equilíbrio, ou seja, se nós pagamos 60% de imposto de importação sobre aquele item importado, que seja US$ 1 ou US$ 50, nós pagamos. Quem compra pelo site, também a empresa tem que passar esses 60% (de imposto), porque quem perde é o governo que deixa de arrecadar, a mercadoria chega muito mais barata que as nossas produções ou a nossa venda e isso atrapalha todo mundo, tirando os nossos empregos e provocando o fechamento de lojas”, explicou o presidente da Fecomércio MG.

QOSHE - Fecomércio MG, Faemg e Fiemg se unem na defesa de pautas em prol de Minas Gerais - Helenice Laguardia
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Fecomércio MG, Faemg e Fiemg se unem na defesa de pautas em prol de Minas Gerais

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18.04.2024

A reunião das lideranças do agronegócio, da indústria e do comércio - com os presidentes da Fecomércio MG, Nadim Donato; da Faemg, Antônio de Salvo e da Fiemg, Flávio Roscoe - durante o Inova Varejo, realizado pela Fecomércio MG em Uberaba, no Triângulo Mineiro, representou um evento inédito e histórico de atuação conjunta em prol da economia de Minas Gerais.

“Nós, há cerca de um ano atrás, estamos fazendo um trabalho em conjunto, a Faemg, Fiemg e Fecomércio, no intuito de trazer para o empresariado do agronegócio, da indústria, do comércio de bens serviço e turismo, conhecimento, mas mais que isso, um entendimento sobre o setor produtivo inteiro. Nós nos complementamos e estamos, pela primeira vez talvez na história do Brasil, três grandes federações fazendo esse tipo de trabalho”, disse Nadim Donato.

Convergência

Antônio de Salvo, presidente da Faemg, disse que Minas Gerais sai na frente mais uma vez.

“Minas Gerais mostra que é possível o setor produtivo se juntar para ter uma convergência positiva para que toda a sociedade venha a ter vidas melhores”, disse. “Estarmos alinhados nesse momento aqui em Minas Gerais, tanto com a Fiemg como também com a Fecomércio, isso é muito bom para o setor produtivo. Isso gera força, ganho político, melhores negócios, melhores oportunidades para todos nós. Então, a classe produtora da agropecuária mineira fica muito feliz desse nosso primeiro encontro. Tenho certeza que outros virão e nós vamos estar juntos mais do que nunca para continuar fazendo o que esse Brasil precisa, que é trabalhar, gerar emprego, gerar riquezas para Minas e para o Brasil”, avaliou o presidente da Faemg.

Voz do setor

Para Flávio........

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