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Viver aqui…

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20.11.2025

Quando se nasce numa cidade, numa casa, numa rua, numa família integrada em comunidade, o sentido antropológico e sociológico do “viver aqui” adquire uma complexidade e uma carga emocional que nos transporta para um tempo nosso e dos outros-nossos. Somos transportados por várias e diferentes linhas temporais que nos ligam aos nossos antepassados e nos apontam o caminho novo, feito pelos outros que por aqui já foram actores e transportadores de memórias, de histórias e de vidas comuns ou ligantes. Que nos deram a vida e nos permitiram o “ser”. Gente que já viveu, que experienciou, que amou, que esperançou.

É este sentimento de vida em comum que permite um viver aqui com os outros, partilhar o mesmo pathos, a mesma ecologia e a mesma topologia. Usar os mesmos caminhos, as mesmas terras, as mesmas ruas, as mesmas fontes, os mesmos degraus, as mesmas pontes e as mesmas casas, os mesmos santuários, capelas e Igrejas. Uma vida em comum por onde se cruzam as........

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