MP e juízes dos dois lados da barricada
Não é a primeira vez que vemos um juiz a desmontar um caso erguido pelo MP, sem deixar pedra sobre pedra. Será o MP que tira conclusões precipitadas ou os juízes que são excessivamente garantistas ou ingénuos?
Na quinta-feira passada, quando os três detidos no âmbito do caso de suspeita de corrupção na Madeira foram libertados, as reações variaram entre a celebração e a incredulidade. Do lado do PS (embora os dois principais arguidos, Miguel Albuquerque e Pedro Calado, sejam do PSD), saíram críticas duríssimas ao Ministério Público (MP), que desencadeou a operação. Santos Silva disse-se “perplexo” com as detenções, e não perdeu a oportunidade para malhar no MP. Ana Catarina Mendes criticou as “humilhações na praça pública”. E até Ferro Rodrigues saiu a terreiro “indignado” e pediu a atuação do Presidente. O inevitável Rui Rio também aproveitou para lançar mais um ataque à PGR.
Vejamos. Segundo o juiz de instrução que assinou o despacho, não há quaisquer indícios de crime. O que é no mínimo estranho, a avaliar pelas manchetes dos principais diários de sábado: Correio da Manhã: “Juiz ignora dinheiro vivo de político”. Jornal de Notícias: “Juiz desvalorizou notas e depósitos em dinheiro do autarca do Funchal”. Público: “Envelopes com 679.500 euros na Madeira não levam juiz a suspeitar de crimes”.
Transcrevo ainda as primeiras linhas da notícia do Público: “Os 679.500 euros em envelopes encontrados nas buscas feitas pela Polícia Judiciária (PJ) na Madeira, no mês passado, em várias residências particulares e também numa empresa, não foram suficientes para o juiz de instrução do processo validar as suspeitas da prática de crimes”.
Esteja de que lado estiver a razão, há no imediato uma constatação óbvia: assistimos a um desencontro total entre a leitura dos factos feita pelos procuradores e a leitura feita pelo juiz. Se esse desencontro é motivado por entendimentos diferentes (do que é um indício, por exemplo) ou por animosidades recíprocas, é algo que terá de se tirar a limpo.
Porque não é a primeira vez que vemos um juiz a desmontar um caso erguido pelo MP, sem deixar pedra sobre pedra. Será o MP que tira conclusões precipitadas ou os juízes que são excessivamente garantistas ou ingénuos?
Independentemente da resposta, o que fica à vista de todos é que uma justiça assim, com dois lados a defrontarem-se cada qual na sua trincheira, não pode funcionar. E se alguém disser o contrário é porque provavelmente beneficia com estes avanços e recuos que não deixam os processos andar para a frente.
Na quinta-feira passada, quando os três detidos no âmbito do caso de suspeita de corrupção na Madeira foram libertados, as reações variaram entre a celebração e a incredulidade. Do lado do PS (embora os dois principais arguidos, Miguel Albuquerque e Pedro Calado, sejam do PSD), saíram críticas duríssimas ao Ministério Público (MP), que desencadeou a operação. Santos Silva disse-se “perplexo” com as detenções, e não perdeu a oportunidade para malhar no MP. Ana Catarina Mendes criticou as “humilhações na praça pública”. E até Ferro Rodrigues saiu a terreiro “indignado” e pediu a atuação do Presidente. O inevitável Rui Rio também aproveitou para lançar mais um ataque à PGR.
Vejamos. Segundo o juiz de instrução que assinou o despacho, não há quaisquer indícios de crime. O que é no mínimo estranho, a avaliar pelas manchetes dos principais diários de sábado: Correio da Manhã: “Juiz ignora dinheiro vivo de político”. Jornal de Notícias: “Juiz desvalorizou notas e depósitos em dinheiro do autarca do Funchal”. Público: “Envelopes com 679.500 euros na Madeira não levam juiz a suspeitar de crimes”.
Transcrevo ainda as primeiras linhas da notícia do Público: “Os 679.500 euros em envelopes encontrados nas buscas feitas pela Polícia Judiciária (PJ) na Madeira, no mês passado, em várias residências particulares e também numa empresa, não foram suficientes para o juiz de instrução do processo validar as suspeitas da prática de crimes”.
Esteja de que lado estiver a razão, há no imediato uma constatação óbvia: assistimos a um desencontro total entre a leitura dos factos feita pelos procuradores e a leitura feita pelo juiz. Se esse desencontro é motivado por entendimentos diferentes (do que é um indício, por exemplo) ou por animosidades recíprocas, é algo que terá de se tirar a limpo.
Porque não é a primeira vez que vemos um juiz a desmontar um caso erguido pelo MP, sem deixar pedra sobre pedra. Será o MP que tira conclusões precipitadas ou os juízes que são excessivamente garantistas ou ingénuos?
Independentemente da resposta, o que fica à vista de todos é que uma justiça assim, com dois lados a defrontarem-se cada qual na sua trincheira, não pode funcionar. E se alguém disser o contrário é porque provavelmente beneficia com estes avanços e recuos que não deixam os processos andar para a frente.
A Vida e a Lei
A Constituição e os direitos fundamentais: os direitos dos trabalhadores e o direito ao trabalho (II)
É o mínimo que se exige, hoje, de um país normal: levar os direitos fundamentais, todos os direitos fundamentais, a s
Na Linha da Frente
Diogo Ribeiro, a nova estrela... portuguesa
A história do Diogo é bonita de se contar, pela prova de superação, de abnegação e de coragem de alguém que tinha tud
Por Uma Democracia de Qualidade
Um forte apelo aos Eleitores!
Desde 2015, em que somos governados por socialistas, emigraram 469 mil portugueses. Que vergonha e que tristeza!
Rédea Solta
Portugal: campeão do chuto para canto
Na política atirar para canto traduz-se no adiamento de decisões.
Técnico
Geociências generativa
Um novo conjunto de ferramentas é altamente relevante em tópicos relacionados com a geo-energia e a prospeção e explo
Conta Corrente
Seletos e selecionados, no país dos arbítrios
Apesar dos seletos, do seu brilho e do incomensurável poder de arbítrio e de destruição, a Justiça não funciona.
Editorial
MP e juízes dos dois lados da barricada
Não é a primeira vez que vemos um juiz a desmontar um caso erguido pelo MP, sem deixar pedra sobre pedra. Será o MP q
ONU. É "fundamental" que Bruxelas reponha financiamento à agência em Gaza, diz Cravinho
O montante é necessário porque só a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo O
FC Porto defronta Arsenal na Liga dos Campeões
Sporting está bem lançado na Liga Europa, Benfica e Braga passam por dificuldades.
1
Espanha. Encontrado morto piloto russo desertor
2
André Ventura. 'Fará algum sentido ser mais calmo, mais amorfo?'
3
Morreu no hospital criança baleada no Bairro da Bela Vista
4
Candidato do BE agredido em Chaves
5
‘O André tinha todo o charme do mundo’, diz Gigi Reino
6
Alerta para fraude telefónica
09:43
A Constituição e os direitos fundamentais: os direitos dos trabalhadores e o direito ao trabalho (II)
09:37
Diogo Ribeiro, a nova estrela... portuguesa
09:33
Um forte apelo aos Eleitores!
09:29
Portugal: campeão do chuto para canto
09:27
Geociências generativa
09:24
Seletos e selecionados, no país dos arbítrios