Os jovens vivem hoje num paradoxo recorrente, entre a pressão pesada do presente e a preocupação sobre um futuro ambientalmente incerto. Um sentimento de apreensão legítimo face às mudanças climáticas e à urgência de preservar o planeta. Não podemos, porém, deixar de ter presente que enquanto decisores políticos temos a responsabilidade de garantir a promoção de políticas que acompanhem a necessidade de mudanças significativas e urgentes que promovam uma efetiva política ambiental e de transição verde que, até aqui, tem deixado a desejar.

A inquietação dos jovens é, contudo, um grito para ação, ao qual o PAN não tem sido indiferente e que tem sempre lutado para dar resposta, acreditando que a verdadeira “economia verde” é a resposta para um futuro mais estável e sustentável, cujo investimento é uma necessidade premente, inclusive para redefinir não apenas o cenário económico, mas também a narrativa do futuro.

As recentes vitórias para as causas que o PAN representa no Orçamento do Estado para 2024, como a gratuitidade no acesso aos sistemas de bicicletas partilhadas integrado no passe gratuito de transportes públicos, onde os transportes coletivos são tidos como um instrumento crucial para o combate à emergência climática, e garantir, assim, a melhoria da qualidade do ar e o cumprimento das metas de descarbonização a que o país está vinculado ou vitórias como a alteração à lei da água, onde se prevê, entre várias outras medidas, um plano de incentivos à conversão da agricultura existente para modo biológico, a garantia de que os planos de gestão de bacia hidrográfica sejam sempre e obrigatoriamente sujeitos previamente a Avaliação Ambiental Estratégica, são passos tangíveis em direção a uma visão de um futuro e de uma economia mais promissora.

São medidas que reconhecem a importância da transformação do atual paradigma económico, para um modelo mais justo social e ambientalmente, que promova a conservação da natureza e a justiça intergeracional. Os jovens, cada vez mais imersos na realidade de um mundo em mudança, pedem estas respostas, e com razão.

É fundamental alinhar políticas e investimentos com essa visão de um futuro mais sustentável. A economia do futuro deve ser tingida de verde (não necessariamente de forma literal), não só para atenuar a crise climática em que vivemos, mas também para garantir um legado mais promissor, de confiança e de esperança para as gerações futuras.

QOSHE - Economia Verde: a oportunidade de redefinir o futuro - Inês De Sousa Real
menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

Economia Verde: a oportunidade de redefinir o futuro

7 0
30.11.2023

Os jovens vivem hoje num paradoxo recorrente, entre a pressão pesada do presente e a preocupação sobre um futuro ambientalmente incerto. Um sentimento de apreensão legítimo face às mudanças climáticas e à urgência de preservar o planeta. Não podemos, porém, deixar de ter presente que enquanto decisores políticos temos a responsabilidade de garantir a promoção de políticas que acompanhem a necessidade de mudanças significativas e urgentes que promovam uma efetiva política ambiental e de transição verde que, até aqui, tem deixado a desejar.

A inquietação dos jovens é, contudo, um grito para ação,........

© Jornal Económico


Get it on Google Play