Para o Donald, o pato somos nós
As televisões foram as primeiras a apanhar o ar do tempo. Adaptaram a programação desenhada para a família a um tom que hoje, errada e estupidamente, chamamos de popular – apesar de ser apenas o reino da vulgaridade, não o espaço comum das pessoas. Em Portugal, o Big Brother do Zé Maria foi o pontapé de saída para o domínio da boçalidade. Já passaram 25 anos, parece que foi ontem: a gangrena alastrou. A partir dessa galáxia muito distante, foi ribanceira abaixo, sempre a acelerar. Nos Estados Unidos, os reality shows deram fama a um empresário a caminho da falência, o nova-iorquino então conhecido como “o Donald”, hoje recauchutado em “Mr. Trump” ou “Mr. President”. As mesas de madeira lascada do escritório em Manhattan receberam o brilho lascivo das luzes e o vendedor impôs o jeito natural para a aldrabo-fanfarronice. As frases curtas e afiadas, agressivas, misóginas e racistas, deram corpo à caricatura. Nem os programas o........





















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