A apologia do caos
Há um par de meses foi na educação. À porta das escolas, de norte a sul do país, alguém que se autointitulava representante de todos os professores pré-anunciava em tom alarmista, dia sim, dia sim, o declínio irreversível da escola pública em Portugal. Enquanto isso, milhares de famílias viam as suas rotinas profundamente prejudicadas, em muitos casos com consequências no desenrolar da sua vida profissional, e os alunos perdiam dias, semanas completas de aulas, com impacto, possivelmente irrecuperável, no processo de aprendizagem.
De lá para cá, o autodenominado líder sindical, esfumou-se a contas com acusações de pouca transparência na gestão da organização da qual, nas palavras do próprio, seria o líder incontestado – assunto que, ao que parece, corre agora termos nos tribunais.
Assente a poeira, a normalidade parece finalmente ter regressado às escolas com os alunos a frequentarem novamente as aulas, os pais e encarregados de educação a retomarem a sua vida e os professores a lecionar os programas educativos. Tudo como seria esperado.
Com certeza que subsistem temas em aberto na relação entre o poder público e os professores, em particular a questão da recontagem do tempo de serviço e a melhoria generalizada das condições........
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