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O governo da região-cidade, a plataforma analítica da CIM OESTE

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20.03.2024

Os autarcas dos 12 municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Oeste criaram em 2023 uma nova ferramenta tecnológica de apoio à gestão dos seus territórios. Smart Region é o nome da plataforma intermunicipal integrada de inteligência analítica territorial, uma parceria entre a CIM Oeste e o Laboratório de Analítica Urbana da Universidade Nova de Lisboa, a NOVA IMS. O objetivo principal desta nova ferramenta é muito ambicioso, trata-se de tirar partido das várias infraestruturas de dados espaciais com origem nos municípios, na internet das coisas, na inteligência artificial e nos atores externos que interagem com a CIM Oeste e a partir desses dados brutos utilizar a ciência dos dados e as tecnologias digitais emergentes para promover um novo modelo regional de governação.

Um aspeto fundamental da Smart Region ou região-cidade inteligente da CIM Oeste, na presente conjuntura, diz respeito à conexão estrutural entre o processo de descentralização de atribuições e competências para as CCDR e as CIM, que muda o enquadramento político-administrativo da regionalização e sub-regionalização, e o próprio processo de implementação da plataforma intermunicipal de inteligência analítica territorial. A conexão tem a ver com a massa de atribuições e competências que podem ser transferidas, delegadas e contratualizadas com a CIM pelas CCDR e os Municípios. Se tal acontecer, a plataforma analítica territorial da CIM Oeste sai claramente beneficiada porque o processo de autoprodução de dados é muito mais substancial. Vejamos, então, os aspetos mais relevantes desta nova ferramenta e sua contribuição para um novo modelo regional de governação.

Em primeiro lugar, é fundamental definir uma estratégia clara de desenvolvimento regional, ou seja, sem orientações políticas pertinentes para a ação, a escolha dos vetores (ou verticais) analíticos não sai beneficiada e pode prejudicar a seleção dos indicadores que são decisivos para a produção de dados, isto é, todo o processo analítico fica viciado à partida.

Em segundo lugar, é fundamental definir a infraestrutura tecnológica necessária, o seu faseamento, e o nível de capacitação técnica dos recursos humanos para o efeito; sabendo nós que esta capacidade é muito variável nas câmaras municipais e nos atores externos, este facto........

© Jornal de Notícias


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