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Por que o nosso país investe tão pouco?

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A taxa de formação bruta de capital fixo no Brasil tem se mantido em patamares historicamente baixos, o que compromete diretamente o crescimento do PIB potencial, ou seja, a capacidade de crescimento do Brasil de maneira sustentável e a modernização do setor produtivo. Enquanto a China elevou suas taxas de investimento em cerca de seis pontos percentuais nas últimas décadas, alcançando níveis superiores a 40% do PIB, o Brasil seguiu na direção contrária, reduzindo sua taxa de 18,7% nos anos 1980 para apenas 17,6% entre 2021 e 2024, bem abaixo da média mundial de 26,8%.

As projeções do FMI para o período de 2025 a 2030 indicam que o país permanecerá com investimentos da ordem de 16,6%, um dos piores desempenhos entre as economias emergentes e mesmo inferior à média da América Latina, que gira em torno de 20%. Esse quadro ajuda a explicar por que, embora o crescimento brasileiro nos últimos cinco anos tenha superado as expectativas iniciais, ainda se mantém abaixo da média das economias emergentes e reflete um processo contínuo de sucateamento da indústria nacional.

A baixa taxa de investimento se reflete na perda de dinamismo da indústria, que já representou cerca de 24% do PIB em 2005 e hoje responde por cerca de 20%. Esse recuo significa que o Brasil reduziu a participação da indústria sem ter completado a transição para serviços de alto valor agregado, o que limita a capacidade de inovação e a geração de empregos qualificados.

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