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África rejeita catastrofismo climático e “descarbonização”

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Na recente conferência climática de Belém (COP30), o presidente do Grupo Africano de Negociadores, o tanzaniano Richard Muyungi, expressou de forma concisa e enfática a posição geral do continente sobre a agenda da “transição energética” baseada no abandono progressivo dos combustíveis fósseis. Em suas palavras, é “patético” fazer tal proposição aos africanos, pois “A nossa transição é da lenha e do carvão vegetal para a eletricidade” (Climate Home News, 02/12/2025).

A rigor, mais que patético, é crueldade pretender que a África abandone a plena exploração dos seus recursos energéticos, em função de uma agenda cada vez mais desacreditada, como a da “descarbonização” da economia. Afinal, vive no continente grande parte dos habitantes do planeta que não dispõem de eletricidade e que dependem de lenha, carvão vegetal e esterco para cozinhar, combustíveis poluentes que causam de 600 a 700 mil mortes por ano por doenças cardiorrespiratórias na África – muito mais do que os catastrofistas costumam atribuir aos mal denominados “extremos climáticos”.

O manifesto ressalta o grande potencial de exploração e produção de petróleo e gás natural no continente, prevendo uma produção combinada de........

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