Sempre que aparece uma acusação de assédio sexual, aparece alguém a falar na presunção de inocência. E, sempre que isso acontece, lembro-me de um acórdão do Tribunal da Relação de Évora de 1987 que entendeu ter uma trabalhadora sido despedida com justa causa por ter chamado “canalha” a um superior hierárquico depois de este ter tentado beijá-la à força. Quando várias investigadoras do Centro de Estudos Sociais apareceram a denunciar a sua principal figura, Boaventura de Sousa Santos, como um assediador em série, lembrei-me mais uma vez do acórdão do “canalha”. Porque é isso que estas mulheres estão a fazer: chamar “canalha” a quem, alegam, abusou do seu poder para ir agarrando joelhos femininos enquanto prometia um futuro académico risonho.

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QOSHE - Assédio, inocência e insolência - Eugénia Galvão Teles
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Assédio, inocência e insolência

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29.04.2023

Sempre que aparece uma acusação de assédio sexual, aparece alguém a falar na presunção de inocência. E, sempre que isso acontece, lembro-me de um acórdão do Tribunal da Relação de Évora de 1987 que entendeu ter uma trabalhadora sido despedida com justa........

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