As narrativas antissistemas de políticas do sistema
Uma vez lá, as candidaturas de extrema direita expandiram em média 30% a base eleitoral. Os adversários, em média, dobraram
Não apenas em Belo Horizonte, mas em outras cinco capitais em que disputou neste domingo o segundo turno, o PL encontrou dificuldade em expandir a votação do primeiro turno. Assim como na capital mineira, num contexto de pulverização da disputa entre muitos nomes, os candidatos de extrema direita conseguiram na pauta de costumes e na narrativa antissistema a tração sobre um nicho cativo de eleitores para chegar ao segundo turno. Mas, uma vez lá, as candidaturas de extrema direita expandiram em média 30% a base eleitoral. Os adversários, em média, dobraram.
Entre as oito capitais onde disputou neste domingo o segundo turno, o PL venceu em duas. Mas o partido perdeu, além de Belo Horizonte, em Goiânia, Palmas, Belém, João Pessoa e em Fortaleza. Por seu turno, legendas da direita “light” pragmática – como o PSD e o MDB – disputaram em cinco capitais, entre as quais Belo Horizonte e Curitiba, alcançando 100% de sucesso. No balanço geral das novas administrações eleitas, PSD e MDB são as legendas vitoriosas, liderando o ranking das prefeituras conquistadas, respectivamente, de 887 e 856 municípios. PP e União, também partidos da direita pragmática, estão na terceira e quarta posições, com 745 e 583 prefeitos eleitos.
Na quinta posição, o PL, com 515 cidades – teve grande crescimento em relação a 2020, quando conquistou 351. Tal expansão resulta da filiação de Jair Bolsonaro em 2021, o que convergiu para a legenda as lideranças de extrema direita, antes espalhadas por diversos partidos políticos. Ainda assim, hoje convivem no PL os bolsonaristas raiz com a direita de viés pragmático, comandada pelo presidente Valdemar da Costa Neto. Nas cidades em que Costa Neto conduziu a política de alianças, o PL compôs com........
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